Quatorze famílias permanecem acampadas nas Moradias Cerâmica, no Tatuquara. Elas estão em condições precárias, morando sob lonas montadas no chão batido e nas calçadas. Com as chuvas dos últimos dias, perderam roupas e colchões. As famílias reivindicam casas da Cohab. A mobilização começou em 17 de janeiro com 48 famílias, que ocuparam casas no conjunto, mas foram retiradas por guardas municipais.

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De acordo com os manifestantes, oito famílias conseguiram auxílio moradia na Cohab por estarem em situação crítica, como é o caso da promotora de vendas Josielen dos Santos, grávida de nove meses. “A gente precisa primeiro alugar a casa para depois receber o benefício. Não tinha dinheiro para dar de adiantamento. Quem alugou foi na confiança, mas todo dia me perguntam quando vou pagar”, conta Josielen.

De acordo com Luzia Andrade, que integra a mobilização, alguns dos adultos perderam os empregos desde que o acampamento foi montado. “Não vamos sair se não tiver resultado. Hoje (ontem) falaram que não vão dar as casas para a gente, mesmo que estejam vazias”, comenta Luzia. Ela ressalta que todas as famílias têm inscrição na Cohab.

Casos críticos

A companhia, por meio de assessoria de imprensa, informou que fez a identificação das famílias e o auxílio moradia foi concedido para os casos mais críticos, de maneira temporária. Segundo a Cohab, as famílias acampadas serão atendidas conforme o cronograma de entrega, que também depende da construção de moradias. As casas invadidas no mês passado já foram destinadas para pessoas que estavam em áreas de risco.

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