Familiares de presos recebem apoio de entidade

Trabalhos de humanização voltados a familiares de presos foram realizados, ontem de manhã, no complexo penal de Piraquara, na região metropolitana de Curitiba. A iniciativa foi da Sociedade Brasileira de Apoio, Orientação e Proteção a Familiares e Filhos Menores de Presidiários (Sofre).

Pessoas que visitavam seus familiares presos recebiam um lanche e preenchiam um cadastro para, posteriormente, receberem uma carteirinha da Sofre. Orientações sobre como proceder dentro do complexo e como ajudar o parente preso também foram fornecidas a quem se sentia desorientado dentro do local.

“Quando uma pessoa é presa, toda sua família acaba sendo vítima de preconceito”, conta o presidente da Sofre e da Fundação Força Trabalhista do Paraná (Fotrapar), Walter César. “Muitas vezes, o preso era o principal provedor da família, o que faz com que filhos, esposa, irmão e pais acabem totalmente desamparados, também podendo entrar no mundo do crime na tentativa de sobreviver. O descaso com as famílias dos presos é um problema bastante grave no País”.

Segundo Walter, os familiares de uma pessoa que cumpre pena de detenção costumam ser alvos constantes da exclusão. Muita gente os olha com preconceito e os relaciona com o crime cometido pelo detento. “A sociedade deve entender que a família não tem relação alguma com o ato cometido pelo preso e necessita ser tratada com respeito. Os familiares costumam ser desrespeitados até nas portas dos presídios onde seus familiares cumprem pena”, diz.

Familiares

Pessoas que ontem compareceram ao complexo penal para visitar seus parentes aprovaram o trabalho desenvolvido pela Sofre. “A gente chega para visitar o parente preso e normalmente não recebe assistência alguma. Fica horas esperando para falar com o preso e não há nem onde comprar comida. Por isso, o trabalho desenvolvido pela Sofre nos é de grande importância”, diz a dona-de-casa Eunice Ferreira, cujo filho está preso há um ano e dois meses.

Já a doméstica Maria Amália Dias, mãe de um rapaz que está preso há seis anos, diz que é reconfortante saber que existe uma entidade que se preocupa com o bem-estar dos familiares de presos. “É Bom saber que terei a quem recorrer se precisar de ajuda. Pretendo procurar a Sofre para expor os problemas que enfrento como mãe de preso e pedir orientação”.

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