A casa caiu!

Família acorda com a parede de casa desabando

A família da pensionista Aranete de Oliveira, 57 anos, viveu momentos de pânico entre a noite de quarta-feira e a manhã de ontem, com o desabamento de parte da casa. Moradores da encosta de uma ligação irregular de esgoto, na Rua Pedro Gonshi, em Colombo, eles acordaram com a parede do banheiro da casa desabando, por volta de meia-noite. E por volta das 9h30, novo susto: a parede da sala e do quarto da pensionista desabou, enquanto eles tiravam os móveis do local, já temendo a queda.

A terra que ficava sob a casa e dava sustentação foi arrancada pela chuva da tarde da última quarta-feira, resultando no desabamento. Mas as primeiras rachaduras apareceram há duas semanas e assustados, os moradores acionaram a Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar). Eles estão na fila de espera por uma casa nova há cinco anos e estavam na esperança de conseguir uma solução emergencial agora que a residência está condenada.

“Os bombeiros já interditaram, falaram que temos que sair, mas vamos para onde? Não temos um lugar para ir. E a Cohapar só disse que vai nos tirar, mas sem dar prazo”, conta a dona de casa Verônica de Oliveira, 33 anos, que mora na casa ao lado do imóvel condenado.

No esgoto

A maior preocupação é com as crianças. São seis com idades entre 1,6 ano e 9 anos. Além deles, três adolescentes e seis adultos dividem o terreno que abriga três pequenas e conjugadas casas. “Tiramos o bebê da beirada do esgoto, passei mal na hora que o vi. Mas criança é difícil segurar. Se chover de novo eu não sei o que vou fazer. Não nos incomodamos de pagar prestação, imposto, só queremos uma moradia digna. Não posso mais deixar minha família aqui”, diz Aranete.

Eles esperam conseguir logo uma nova casa, mas sem precisar deixar Colombo. Segundo Verônica, a primeira proposta da Cohapar era para encaminhá-los para Piraquara, alternativa que poderia gerar outros transtornos. A ideia preocupa a matriarca Aranete. “Eu tenho a neta de 9 anos que precisa de tratamento para reumatismo e é aqui no Alto Maracanã. Como vamos vir de lá até aqui? E a escola das crianças”, reclama a pensionista.

Sem prazo

A Cohapar assegura que a mudança será em Colombo mesmo. A Companhia informa que aguarda os laudos oficiais do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil, para junto com a Prefeitura de Colombo, providenciar uma solução emergencial, porém, ainda sem prazo estipulado. A família deve ser retirada o mais breve possível do local. A única confirmação é que em seis meses a família será realocada definitivamente para uma nova casa, no município.

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