Falta de dinheiro ameaça fechar sociedade protetora

A organização não-governamental Sociedade Protetora dos Animais pode fechar as portas nos próximos meses. O motivo é a falta de dinheiro para o pagamento do aluguel da casa onde a entidade mantém sua sede, no bairro de Santa Cândida, zona norte de Curitiba. Mensalmente, os responsáveis pela ONG pagam R$ 1,3 mil de aluguel.

“Sobrevivemos de doações da comunidade e de uma clínica veterinária que funciona dentro da sociedade”, conta a presidente da entidade, Enid Bernardi. “Parte do que é arrecadado pela clínica vai para o pagamento dos funcionários e o que sobra, geralmente muito pouco, vai para o pagamento do aluguel.”

Enid diz não saber o que pode acontecer com os animais se a entidade fechar as portas. “Não quero que eles sejam mortos e não podemos abandoná-los novamente nas ruas”, diz.

A sociedade abriga cerca de mil animais, entre cães e gatos abandonados. A maioria dos bichos não tem raça definida e, por isso, costuma ser rejeitada pela população. Diariamente, os animais consomem 300 quilos de ração. “A cada dia novos animais são abandonados na porta da sociedade”, conta a presidente. “Não estamos mais conseguindo sustentá-los. Geralmente, as pessoas pegam os animais ainda filhotes para criar e, quando eles crescem, começam a gerar despesas e trabalho, e os abandonam sem piedade.”

Há alguns anos, Enid vem lutando para conseguir a doação de um terreno à sociedade. Já conversou com autoridades municipais e estaduais, mas até agora não obteve sucesso. A entidade aceita doações de rações e dinheiro. Todos os animais abrigados podem ser adotados. Para isso, a pessoa interessada deve apenas comparecer à entidade, escolher o animal que deseja e assinar um termo de compromisso.

Serviço: A sociedade está localizada na Rua Professor Sandalia Monzon, 140. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (41) 256-8211.

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