Extração ilegal de madeira deve registrar queda

O número de extrações ilegais de madeiras florestais no Paraná, tanto em locais particulares quanto em Áreas de Preservação Permanente (APP), em 2008, deve diminuir em comparação ao ano passado. A informação é da Polícia Ambiental do Paraná.

De acordo com os dados fornecidos pela corporação, foram registradas 3.084 ocorrências no ano anterior. Neste ano, até o dia 31 de outubro, foram 2.311 casos registrados de danos à flora.

No mês passado, 92 pessoas foram encaminhadas à Justiça. As áreas mais visadas pelos extratores são a Serra do Mar, os Campos Gerais e o oeste do Paraná.

Para o presidente da Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal (Apre), Roberto Gava, graças às intervenções policiais, as extrações ilegais apresentam essa queda no Estado.

“A madeira vem apresentando uma boa valorização e por isso tem sido objeto de roubos. Algumas empresas paranaenses tiveram prejuízos por conta disso. Felizmente a polícia tem agido com firmeza, chegando inclusive a desmantelar uma quadrilha de São Paulo que praticava essas extrações”, revela.

Contudo, algumas empresas ainda sofrem esse tipo de ação. A Florespar Florestal Ltda. e a Brasil Timber Ltda., que possuem áreas com madeiras para corte em cinco municípios do Estado, informam por meio de seu advogado, Italo Tanaka Júnior, que sofreram prejuízos altos por conta dessa atividade ilegal.

“Somente neste ano, tivemos pelo menos cinco invasões nas fazendas de Rio Branco do Sul e Itaperuçu. Agora é que a situação está ficando mais tranqüila. A unidade de Rio Branco do Sul estava, até poucos dias, com invasores, mas já conseguimos reintegração de posse e estamos nos cercando de toda segurança possível”, conta.

Tanaka Júnior afirma que muitas vezes os invasores agem de madrugada e que vendem o metro cúbico da madeira a um preço de R$ 20 para as madeireiras da região e de Curitiba.

Bem abaixo dos R$ 55, em média, do valor praticado pelas empresas. Ele revela ainda que as empresas estão tomando todas as medidas judiciais contra os invasores e contra quem recepta a madeira extraída ilegalmente.

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