O ex-reitor da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Carlos Moreira Júnior, afirmou ontem que as universidades federais terão que decidir entre respeitar as decisões do Tribunal de Contas da União (TCU) e manter seus hospitais abertos e atividades como vestibulares próprios e cursos de especialização.
Para ele, as relações com as fundações de apoio, questionadas pelo TCU, são fundamentais para o bom funcionamento das instituições federais de ensino superior.
Na semana passada, o órgão divulgou relatório apontando várias irregularidades em 16 universidades federais. O documento é resultado de uma auditoria feita no segundo semestre do ano passado. Mais de 400 contratos e convênios firmados entre 2007 e 2008 – época em que Moreira era reitor da UFPR -, foram fiscalizados.
Moreira disse que desconhece o conteúdo do relatório, mas no que se refere à questão das fundações – um dos pontos do documento -, afirmou que não dá para abaixar a cabeça para o que diz o Tribunal. “Está na hora de vermos até que ponto se deve aceitar a intervenção do TCU em tudo.
O dia em que extinguirem as fundações de apoio, as universidades vão sofrer muito”, declarou. A reportagem tentou contato com a atual administração da UFPR, mas não obteve retorno.