Ex-pugilista Maguila será operado hoje em Curitiba

O ex-pugilista Adilson “Maguila” Rodrigues, que em 24 anos de carreira chegou inclusive ao título mundial da Federação Internacional de Boxe, começa hoje, em Curitiba, a vencer mais uma luta. Desta vez o adversário não é nenhum grande boxeador e sim a balança. Desde que encerrou sua carreira há quatro anos, o ex-peso pesado ficou ainda mais pesado. Maguila engordou 41 quilos. Mas a expectativa é que depois da cirurgia de hoje, no Hospital Pilar, ele volte ao peso normal sem parar de comer o que gosta. O método de cirurgia no intestino é utilizado pelo médico José Lazzarotto de Melo e Souza.

Maguila contou que, antes de optar pela cirurgia no intestino, conversou com amigos que operaram o estômago, emagreceram, mas tiveram que reduzir a quantidade de alimentos ingerida. “Quem faz cirurgia de ?estambo? tem que comer como passarinho. Eu quero emagrecer, mas nunca vou ficar sem comer”, disse o folclórico Maguila. Ele contou que come quase todos os tipos de alimento, e em boa quantidade. Seu prato predileto é o camarão. “Quando lutava eu treinava de manhã. Corria dez quilômetros e perdia 3,5 quilos. Fazia a parte técnica à tarde e perdia mais quatro quilos. Por isso não engordava. Agora que parei de entrar no ringue acabei engordando”, ressaltou, destacando que mesmo emagrecendo não pretende voltar a lutar. “Vou continuar fazendo o trabalho social que faço em Osaco e São Paulo, tirando crianças das ruas e levando para o esporte”, prometeu.

Maguila, 44 anos, 1,87m, como boxeador profissional lutou 87 vezes, vencendo 81 lutas. Dessas, 68 por nocaute. Ganhou oito cinturões de campeão, inclusive títulos mundial, sul-americano e brasileiro.

A cirurgia

Lazzarotto explicou que pela cirurgia é feito um desvio no intestino delgado, que é quem absorve os nutrientes. Por esse desvio, a pessoa operada passa a absorver apenas o necessário e emagrece sem fazer regimes. Faço esse tipo de cirurgia há dezoito anos. Já operei 574 pessoas”, contou Lazzarotto, destacando que o estômago não é o local de absorção e apenas um reservatório. “Outra vantagem é que o paciente fica anestesiado apenas da cintura para baixo”, revelou. Em conjunto com a no intestino é feita outra cirurgia plástica, quando é retirada a gordura e a pele excedente.

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