Ex-ministro é homenageado em Curitiba

Francisco Rezek, ex-ministro brasileiro de Relações Exteriores, e juiz durante nove anos da Corte Internacional de Justiça de Haia, na Holanda, foi homenageado em Curitiba. O último mandato de Rezak na Holanda, terminou em fevereiro deste ano. Agora, ele pretende ficar no Brasil e continuar se dedicando ao Direito Internacional. Ontem à noite, ele recebeu o título de Doutor Honoris Causa, na UniBrasil, "por ser considerado o melhor e de maior projeção internacional jurista brasileiro vivo".

Antes da palestra, Rezek conversou com os jornalistas sobre a atuação em Haia e alguns fatos de destaque no cenário internacional. "Foram nove anos de atividades intensas na Corte, com um número maior de processos do que no passado, também com casos bem mais trabalhosos e importantes", afirmou. Entre os casos destacados, está o episódio da consulta da Assembléia Geral da Organização da Nações Unidas (ONU) à Corte sobre a legalidade do Muro, construído pelo Estado de Israel, em áreas da Palestina. "Foi um processo numeroso. Dezenas de países se manifestaram. Houve defesas orais extraordinárias. Apesar de não ter efeito de processo e a corte não se dirigir a nenhum Estado, nesse caso, ficou definida a ilegalidade do muro nos pontos em que cruza a linha verde da Palestina", expôs.

Com a saída de Rezek da Corte Internacional, o Brasil ficará alguns anos fora desse tribunal, onde atuam 15 juízes de diferentes países. "Essa é uma posição importante, mas é difícil dizer se o País perdeu. Não dá para saber o que é melhor: reivindicar muitas coisas ou ter um objetivo único e caminhar para ele, no caso do Brasil, a cadeira permanente do conselho de segurança da ONU (uma reivindicação de, segundo ele, pelo menos 20 anos", afirma Rezek. 

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