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Estudo aponta trechos perigosos em rodovias

Trechos da BR-476, que compreende a Linha Verde, e da BR-376, que liga o Paraná a Santa Catarina, são as duas rodovias paranaenses destacadas entre os 15 pontos de rodovias federais mais críticos no Brasil.

Eles ocupam as posições 7.ª e 10.ª em maior número de acidentes de trânsito, respectivamente (ver ranking ao lado), segundo levantamento da Polícia Rodoviária Federal (PRF), com base no ano de 2009. Principal motivo: o comportamento do próprio motorista.

Foram mais de 1,2 mil acidentes e 18 com vítimas fatais no trecho de 20 quilômetros da BR-476. Na BR-376, mais de 1 mil acidentes e 17 ocorrências com morte.

“Na BR-476, o trecho vai do trevo do Atuba até o Pinheirinho, cortando a cidade, com alta trafegabilidade de veículos leves, de carga, motocicletas e pedestres”, diz o inspetor Fabiano Moreno, da PRF.

Como o motorista encontra um trecho bom, muitas vezes passando por ali todos os dias, a atenção no trânsito baixa. Muitos dos acidentes ali são causados por desrespeito à sinalização, de motoristas e pedestres.

Já na BR-376, o traçado sinuoso da via propicia muitos acidentes graves envolvendo caminhões, o que não é justificativa para tirar a responsabilidade do motorista.

“É falta de manutenção do veículo ou condução de modo equivocado. A maioria dos acidentes pode ser evitada. O motorista vai somando uma série de fatores, desde falta de atenção até excesso de velocidade”, ressalta Moreno.

Sem mitos

A PRF aponta que esses números acabam com “mitos”, aqueles fatores que costumam ser associados a tragédias, como má conservação da pista, animais soltos, curvas perigosas, motoristas inexperientes e cansados.

Menos de 4,1% dos acidentes com óbitos são causados por defeito na via. Geralmente, buracos na pista causam prejuízos materiais, como pneus estourados e suspensão quebrada. Já 75,2% dos acidentes com maior gravidade ocorrem em retas, onde o motorista sente “confiança” para cometer abusos ao volante.

Apenas 19,2% dos condutores envolvidos em acidentes graves não eram habilitados ou tinham habilitação há menos de cinco anos e 61,5% dos condutores afirmaram estar dirigindo há menos de uma hora quando se acidentaram.

A falta de atenção foi o principal fator apontado para a ocorrência de acidentes (33,3%); seguido por não guardar distância segura (6,3%) e velocidade incompatível (4,8%). A ingestão de álcool aparece com 2,4%.

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