Estudantes fazem serviço comunitário em Ilha Rasa

Alunos da Escola Internacional de Curitiba, da 11.ª e 12.ª séries (faixa de 17 anos de idade), tiveram uma experiência diferente esta semana: trocaram a sala de aula e o dia-a-dia de shopping e cinema pelo trabalho comunitário, com atividades educativas e recreativas junto às crianças de Ilha Rasa, pertencente à Guaraqueçaba, no litoral paranaense. O objetivo era entregar à comunidade local, formada sobretudo por pescadores, material escolar, alimentos, roupas, material de higiene e remédios, arrecadados em atividades de voluntariado realizadas desde o início do ano. A iniciativa faz parte do projeto “Adote uma Escola” e envolveu 24 alunos, que ficaram dois dias na ilha, acompanhados de dois professores.

“O objetivo principal é que os alunos desenvolvam valores, melhorem como pessoas, troquem experiências”, explicou a coordenadora do Serviço Social da Escola Internacional, professora Zélia Torres Albuquerque, que acompanhou o grupo na viagem. O trabalho junto à comunidade de Ilha Rasa, conta, já existe há cinco anos. “A gente quer que os alunos consigam ir além do mundo acadêmico, que se tornem líderes, sociáveis e tenham facilidade de trabalhar em grupo. É uma situação totalmente atípica, que não faz parte do cotidiano deles.”

Entre as atividades executadas estavam o piquenique com as crianças da ilha – cerca de duzentas, no total -, orientações sobre higiene, saúde, preservação do meio ambiente, além de atividades recreativas, distribuição de uniformes para alunos das duas escolas – Colégio Gabriel Ramos da Silva e Colégio Santa Terezinha, onde estudam quase cem alunos, de 1.ª a 4.ª séries – e distribuição de cestas básicas e roupas. Segundo Zélia, a escolha por Ilha Rasa se deve ao fato de se tratar de uma Área de Preservação Ambiental. “Tínhamos essa preocupação”, conta.

Alegria

“O que mais gosto é de ver a alegria das crianças, elas dançando felizes”, conta a estudante Carolina Sadir, 17 anos, que participou da viagem. Carolina é natural de Miami e está no Brasil há cinco anos. “Já tive essa experiência quando estava na 6.ª série. Achei bem legal e resolvi vir de novo”, afirma. Carolina conta que, independentemente do currículo escolar, também pratica atividades voluntárias. “No ano passado, eu ensinava inglês e espanhol gratuitamente, em uma escola em frente à Escola Internacional”, diz.

“O mais difícil foi convencer os colegas a ter algum interesse, a trabalhar para arrecadar fundos, comida”, relata Tasma Gunn, 16, presidente do comitê que foi para a ilha. Ela conta que os alunos realizaram show beneficente e desfile de moda, que renderam juntos R$ 500,00. Natural da Itália, Tasma conta que já realizou trabalho voluntário no Instituto Paranaense de Cegos. “A gente levava as crianças para passear, ir ao shopping, tomar sorvete. Desde pequena, quando ainda morava na Itália, a minha família já ajudava os outros”, afirma. Sobre a experiência na Ilha Rasa, Tasma avalia como positiva. “O que mais gosto é de ver o rosto das crianças quando a gente vêm aqui. É legal conseguir fazer alguma coisa para ajudá-las.”

Para as crianças da Ilha Rasa, a alegria era ainda maior. Como agradecimento à ajuda, cantaram em homenagem aos alunos da Escola Internacional.

Voltar ao topo