Estradas do Paraná precisam de melhorias, diz governo

Uma radiografia das rodovias federais, feita por técnicos da Secretaria de Estado dos Transportes e do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), mostra que o Paraná tem 3,5 mil quilômetros de estradas de responsabilidade do governo federal. Desse total, 1.860 quilômetros estão pedagiados. Dos 1.640 quilômetros restantes, pelo menos 600 quilômetros estão em precário estado de conservação.

O secretário dos Transportes, Waldyr Pugliesi, afirma que pouco foi feito nos últimos anos para melhorar esse quadro e que, por isso, a atual administração tem que trabalhar diante de um quadro bastante difícil. “É uma dura realidade, que mostra o descaso do governo anterior com as estradas que cortam o nosso Estado, já que encontramos também 4 mil quilômetros de estradas estaduais sucateadas”, contabiliza.

Reivindicação

O secretário Waldyr Pugliesi explica que o governo está em negociação permanente com o Ministério dos Transportes e com o Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (DNIT), para que o governo federal restaure esses 600 quilômetros de estradas federais que estão em estado ruim ou péssimo.

Nesses quase 60 dias de mandato, Pugliesi e o diretor-geral do DER, Rogério Tizzot, estiveram reunidos diversas vezes com o ministro dos Transportes, Anderson Adauto, para discutir propostas para a recuperação e a melhoria das rodovias federais que passam pelo Paraná. “Nós solicitamos que o governo federal retome logo as licitações para a restauração das estradas pois elas estão piorando dia a dia”, destaca o secretário. Segundo Pugliesi, os 600 quilômetros de rodovias federais esburacadas precisam de uma atenção urgente e especial.

Entre os trechos mais prejudicados pela falta de manutenção e conservação, estão a BR-163, entre Guaíra e Toledo, e a BR-272 entre Guaíra e Francisco Alves. “Esses trechos precisam de ações imediatas para melhorar as condições de tráfego, pois são estratégicos para o transporte da safra paranaense”, explica o secretário.

As reivindicações encaminhadas ao Ministério dos Transportes envolvem também a conclusão das obras da Estrada da Ribeira, da Boiadeira, na região de Campo Mourão, e da Transbrasiliana, que beneficiaria toda a região central do Estado e o transporte da safra.

Estaduais

A recuperação das estradas estaduais é outra preocupação do secretário. Segundo Pugliesi, os 4 mil quilômetros de rodovias de responsabilidade do governo estadual que se encontram em estado crítico vão exigir um grande esforço da administração pública. A melhoria das condições de tráfego nesses trechos vai necessitar de um investimento de aproximadamente R$ 1 bilhão, e as obras levariam pelo menos quatro anos para serem concluídas. “É trabalho para todo um mandato”, calcula Tizzot.

Para viabilizar essas obras, o governo está negociando um financiamento de US$ 200 milhões com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). A contrapartida do Estado no convênio também será de US$ 200 milhões. O secretário lembra ainda que quase metade de toda a malha viária encontra-se em estado ruim ou péssimo. “Quando o governador Roberto Requião assumiu pela primeira vez o Estado, em 1991, encontrou 33% das rodovias paranaenses em condições ruins ou péssimas”, aponta Pugliesi. “Até 1994 desenvolveu-se um grande esforço de recuperação e apenas 6% da malha viária estadual ficou em condições ruins, justamente os trechos nos quais o tráfego de veículos era menor.”

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