Estação de tratamento poluída com óleo em Sarandi

Um ato criminoso feito em uma lagoa de tratamento de esgoto em Sarandi, noroeste no Paraná, colocou em risco a saúde das pessoas residentes da área rural da cidade.

Entre sábado e ontem, pelo menos 30 mil litros de hidrocarbonetos (óleos, graxas, lubrificantes, dentre outros componentes do gênero) foram retirados da estação de tratamento, que tem aproximadamente 75 metros de comprimento por 26 de largura.

A prefeitura de Sarandi, em parceria com a Autarquia de Águas do município, abriu inquérito na Polícia Civil para investigar o responsável por esse crime ambiental. O município acionou também o Instituto Ambiental do Paraná (IAP) e o Ministério Público do Paraná (MP).

De acordo com o secretário de Meio Ambiente de Sarandi, Antonio Del Nero, algumas informações já estão sendo averiguadas. “Recebemos denúncias anônimas que já estão sendo apuradas por nossa equipe que, se confirmadas, serão entregues à polícia. Estamos procurando as pessoas e indústrias que trabalham com esses artefatos e empresas que coletam lubrificantes usados”, disse.

“Trata-se de um ato criminoso, cujo autor logo será identificado pela Polícia Civil e responsabilizado por suas ações. A lagoa fica próxima do rio Ribeirão Sarandi. “Descobrimos o crime antes de qualquer vazamento. Nada saiu da lagoa de tratamento”, garantiu o secretário.

Para Alexandre Martins, consultor técnico e comercial da empresa Norte Visual, contratada para a limpeza da estação de tratamento, o material depositado irregularmente pode trazer risco.

“Esse material oferece risco à saúde humana, uma vez que o hidrocarboneto mata o tratamento biológico aplicado na estação. Agora estamos fazendo a contenção desse óleo e levando para uma estação de tratamento de resíduos industriais”, explicou.