Está encerrado o período de maior incidência de gripe

Com o fim do inverno e a chegada da primavera, o período de maior incidência de gripe termina. No Paraná, dados da Secretaria Estadual da Saúde mostram que o número de casos da doença caiu em relação ao mesmo período do ano passado, mas o número de mortes aumentou. Curitiba, Londrina e Maringá são as regiões com mais registros, por terem maior população.

De janeiro até início de setembro, foram 1.416 casos no Estado – contra 1.934 no mesmo período do ano passado. No período de “pico” da doença, a secretaria chegou a divulgar boletins semanais com os números da doença, mas agora o relatório passou a ser mensal. Sezifredo Paz, superintendente de Vigilância em Saúde, alerta para as variações do vírus. Os dados mostram os casos de Influenza A (H1N1) e (H3N2) e influenza B. Deste último tipo de vírus, a quantidade saltou de 10 para 626. As três variações produzem os mesmos sintomas, podem evoluir para o estágio mais grave e levar à morte.

Apesar da redução de casos, o número de óbitos teve pequeno aumento: de 54 casos em 2012 para 58. Os dados são divididos por regionais. Curitiba e região metropolitana tiveram 13 mortes – das quais 7 na capital -, 9 na região de Cascavel e 7 em Maringá. Paz afirma que o número está dentro da estimativa. Ele cita três fatores que influenciam no agravamento da gripe: “outras doenças associadas que baixam a imunidade, a demora na procura por atendimento e não tomar a vacina que estava disponível’. Segundo o superintendente, cerca de 2,5 milhões de pessoas foram vacinadas, o que representa 25% da população. Os principais alvos da campanha eram os grupos de risco.

O tempo na procura por atendimento médico faz a diferença na evolução da doença. O superintendente lembra que o Tamiflu, que é distribuído nas unidades de saúde, funciona muito bem se administrado até 48 horas após os primeiros sintomas. “Muitas pessoas chegam no médico após três dias, já com dificuldades respiratórias”. Ele alerta que, mesmo com o fim do período crítico, devem ser mantidos os hábitos para evitar contaminação: lavar bem as mãos, manter os ambientes arejados, não compartilhar objetos de uso pessoal e cobrir a boca e o nariz ao espirrar e tossir.