A compra da área para a realocação dos moradores da Vila Yasmin, do Bolsão Audi, localizado às margens da BR-277, está praticamente acertada pela Prefeitura de Curitiba. A informação foi dada ontem pelo administrador da regional Cajuru, José Eduardo Conter. O terreno, localizado próximo à Vila, atualmente está ocupado por uma plantação de eucaliptos. Pelo projeto da Prefeitura, a área vai permitir a construção de 252 lotes de 140 metros quadrados.
Outros 319 lotes serão construídos nos fundos da Vila, onde já estão sendo levadas as famílias retiradas pelo avanço do canal extravasor, conforme a reportagem do Paraná-Online antecipou. “Só que tudo vai ser regularizado. As casas terão luz elétrica e água encanada”.
No entanto, pelos cálculos de Conter, essas duas área não serão suficientes para garantir moradia a todos os moradores da Vila Yasmin. “Ainda temos alguns terrenos aqui na região que vão abrigar as famílias restantes”.
Pelo cadastro da Prefeitura, são cerca de seiscentas moradias, só na Yasmin, sem levar em conta as Vilas Audi, União, União Ferroviária e Icaraí, que formam o Bolsão.
Canal
O canal extravasor do Rio Iguaçu, que está sendo construído dentro da Vila, serve para delimitar a construção de um Parque com mais de 144 mil metros quadrados. O projeto destina-se a promover a recuperação ambiental do Rio Iguaçu e de suas margens. Um lago vai ocupar boa parte do terreno. As obras do canal, no entanto, estão interrompidas há alguns dias. Os moradores recusam-se a sair do caminho das máquinas. “Ninguém mais vai sair para ir até aquele barreiro”, disse o presidente da Associação de Moradores da Vila Yasmin, Valdecir Dias, o Barulho. O bloqueio da BR-277 previsto para ontem, para protestar contra as obras foi adiado. Barulho diz que vai esperar uma nova reunião com a regional, maracada para segunda-feira.
Segundo Conter, a previsão é de que os novos lotes sejam entregues, regularizados, até o fim do ano. “Só que para isso as obras do canal têm que avançar”.