Esporte radical mistura loucura com adrenalina

Se você visse alguém pendurado por ganchos enfiados na própria pele poderia até pensar que se trata do filme Hellraiser – Renascido do inferno. No entanto, tem gente que afirma que se trata apenas de mais um tipo de esporte radical. O paranaense Rafael Rodrigues de Lima, 22 anos, pratica o body suspended há um ano e está para entrar no livro dos recordes, o Guiness Book. Ele chegou a ficar suspenso durante 45 minutos a 60 metros de altura.

Rafael fala que a modalidade esportiva chegou ao Brasil há uns cinco anos. A primeira vez que viu foi num programa de televisão e conta que até chegou a ficar chocado. “Mas pelo que eles diziam e aparentavam, não parecia ser tão dolorido”. Rafael guardou a curiosidade e na primeira oportunidade, lá estava ele, pronto para experimentar.

Segundo Rafael, dói um pouco na hora que os ganchos são colocados no corpo. Mas é preciso que uma pessoa experiente faça o serviço, caso contrário a dor pode incomodar bastante. Já na hora da suspensão, ele diz que não sente nenhum incômodo. “Tudo é perfeito, você se sente intocável. É muita adrenalina, mais que pular de bung jump”, compara.

Para ficar suspenso, são usados ganchos que medem quatro milímetros de espessura. “Não pode ser menos, senão pode rasgar a pele”, explica. As cordas também precisam ter o mesmo tamanho para que haja um equilíbrio, caso contrário é dor na certa. Existem vários jeitos de aplicar os ganchos. Em um deles, pode-se ficar até na posição do “super-homem”. A pessoa fica presa pelas costas e pelas pernas.

Depois de ficar suspenso, é necessário que se faça massagens no local para a retirada de ar que entrou embaixo da pele. “Pode provocar sérias inflamações”. Para uma nova suspensão, é necessário que a pessoa espere 20 dias até que a pele cicatrize.

Agora, Rafael se prepara para bater um novo recorde. O primeiro foi devido à altura e agora ele quer ficar suspenso no ar por mais de duas horas. Ele está consultando um médico para saber até que ponto pode testar seus limites sem trazer riscos para a saúde. Os materiais que comprovam o primeiro recorde ainda estão sendo analisados.

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