Esgoto irregular polui e afeta usuários

A confusão entre rede de esgoto e galeria de águas pluviais tem trazido transtornos, tanto para a Sanepar como para os usuários. Os problemas aparecem, geralmente, quando é feita a ligação de um em outro, e geram prejuízos também para o ambiente, com a poluição de rios.

A rede de esgoto é um sistema fechado, operado pela Sanepar. Ela é constituída por tubos com diâmetro de 15 cm, em média, e que coletam o esgoto nas casas e transportam para uma estação de tratamento. Já as galerias de águas pluviais são tubulações de concreto, geralmente com mais de meio metro de diâmetro, instaladas pelas Prefeituras e servem para escoar as águas das chuvas diretamente nos rios.

Problemas

Quando é feita a ligação errada, ocorrem problemas para a Sanepar, para os moradores das partes mais baixas da cidade e também há prejuízos para o ambiente. Se o sistema de esgoto das residências é ligado nas galerias de águas pluviais, todo o resíduo vai diretamente para os rios, sem receber o tratamento adequado. A situação inversa prejudica o sistema de tratamento da Sanepar e pode causar transtornos à população, como o retorno do esgoto para as residências. Isto ocorre porque como o sistema não é projetado para suportar o grande volume de água da chuva, ocorre uma sobrecarga nas redes, prejudicando o tratamento.

Esgoto

Ao lavar roupa, louça ou tomar banho, a maior parte da população não sabe como é feita a coleta nem o tratamento do esgoto doméstico. Desde o momento em que este resíduo sai da residência até a estação de tratamento, ele percorre um longo caminho e exige controle constante.

Para esses serviços, equipes especializadas devem monitorar, tanto as redes de esgoto quanto as estações de tratamento. Assim como controla a qualidade da água distribuída, a Sanepar também se preocupa com a qualidade do esgoto tratado. Todo efluente, resultante do processo de tratamento, obedece a padrões estabelecidos por normas, fixadas pelo Conselho Nacional de Meio Ambiente e pelos órgãos ambientais. Todas as estações de tratamento de esgoto da Sanepar têm licença dos órgãos ambientais para funcionar. Essas licenças são renovadas periodicamente.

Todo o mês são feitas análises no esgoto tratado e no local onde é lançado. Isto garante que o esgoto não está comprometendo a qualidade da água dos rios.

Coleta e tratamento

Para coletar o esgoto doméstico das cidades onde atua, a Sanepar tem mais de 15 mil quilômetros de rede. Toda essa tubulação é enterrada e para garantir que o esgoto chegue às estações de Tratamento a empresa realiza periodicamente manutenção nas redes. Este trabalho também evita o entupimento das tubulações e que o esgoto volte para as residências.

O processo de tratamento também exige tecnologia. A Sanepar utiliza dois tipos de tratamento, o processo aeróbico e o anaeróbico. O primeiro é feito em estações de tratamento que realizam a decomposição do esgoto na presença de oxigênio. No fim deste tipo de tratamento, 98% da matéria orgânica é removida.

O outro processo utiliza o sistema Ralf (reator anaeróbico de lodo fluidizado), tecnologia desenvolvida pela Sanepar. Totalmente biológico, o tratamento é feito por bactérias que fazem a decomposição da matéria orgânica. Este processo apresenta um alto índice de eficiência e vantagens sobre o processo aeróbico, pois ele não necessita de energia complementar para promover o tratamento.

Além disso, o processo anaeróbico permite a reciclagem do lodo resultante do tratamento do esgoto, que pode ser utilizado na agricultura como fertilizante. Este reaproveitamento traz benefícios tanto para os agricultores, que utilizam adubo orgânico em suas plantações, quanto para o meio ambiente, pois evita-se que esse resíduo seja levado para aterro sanitário, diminuindo a vida útil do mesmo. Em várias cidades do Paraná, a Sanepar disponibiliza para os agricultores esse material.

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