As famílias atendidas pelo Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti) passarão a receber seus benefícios pelo programa Bolsa Família. A mudança atinge quase 50 mil crianças e adolescentes no Paraná e faz parte da migração dessas famílias para o Cadastro Único do Governo Federal (CadÚnico). A freqüência escolar também vai mudar e ficará mais rígida. Antes da migração as crianças e adolescentes do Peti tinham que cumprir 75% da carga horária mensal de aulas, agora a assiduidade obrigatória passará para 85%.

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?A inclusão das informações dos beneficiários no CadÚnico possibilitará um aumento na qualidade do programa?, explica o secretário do Trabalho, Emprego e Promoção Social, Emerson Nerone.

De acordo com o secretário do Trabalho, a união dos dois programas federais também trará vantagens na forma de pagamento dos benefícios. ?Assim como já acontece com mais de 526 mil famílias paranaenses assistidas pelo Bolsa Família, entre o próprio programa e resquícios de outros ainda existentes como o Auxílio Gás e o Bolsa Escola, os beneficiários do Peti passaram a receber o pagamento através do Cartão Cidadão, da Caixa Econômica Federal, não dependendo mais das prefeituras, principalmente no que diz respeito ao bloqueio dos benefícios devido a dívidas do município?, ressalta Nerone.

Números

Atualmente, 48,5 mil crianças e adolescentes com idade inferior a 16 anos de 203 municípios do Paraná estão inseridas no Programa de Erradicação do Trabalho Infantil.

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Segundo dados fornecidos pela Caixa, no mês passado 10,8 mil famílias do Paraná já tiveram seu cadastro aprovado pelo Ministério e receberam seus benefícios do programa pelo Cartão Cidadão.

No que diz respeito ao valor do benefício das famílias que eram atendidas tanto pelo Bolsa Família, como pelo Peti, prevalecerá o recebimento do maior valor. ?Essa medida, além de proteger a renda do beneficiário, vai evitar a duplicidade de benefícios do governo para uma mesma família?, esclarece o secretário do Trabalho.

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