Entidades pedem fim de medicina na UEPG

Médicos e dirigentes de entidades representativas do setor das regiões Sul e Sudeste que participaram do Pré-Encontro Nacional das Entidades Médicas (Pré-Enem), realizada na sede do Conselho Regional de Medicina, em Curitiba, defendem o fechamento do curso de medicina da Universidade Estadual de Ponta Grossa.

Para o vice-presidente da Associação Médica do Brasileira (AMB) e relator do Pré-Enem, Ronaldo da Rocha Loures Bueno, o Paraná já tem cursos de medicina em excesso e não há necessidade de criação de novos cursos. “A reitoria da universidade está usando os alunos que passaram no vestibular há quase um ano para pressionar o governo. Mas nós visitamos a universidade e constatamos que até agora não há condições mínimas para o funcionamento do curso. E o pior é que os hospitais de Ponta Grossa não têm cursos de residência reconhecido pelo Mec”, disse.

Segundo Bueno, que é professor de cardiologia da Universidade Federal do Paraná, existem atualmente no país 111 escolas de medicina que oferecem mais de 11 mil vagas por ano. E mais de 50% desses futuros médicos começarão a clinicar sem ter garantida uma vaga nas residências médicas, etapa fundamental na formação dos profissionais

Ele afirma que o curso de Medicina da Universidade Estadual de Ponta Grossa foi criado sem os pré-requisitos de necessidades social e de infra-estrutura básica exigidos pelo Ministério da Educação e Cultura (Mec).

Ele explica que dos 17 cursos de medicina existentes em universidades estaduais de todo o País, o Paraná responde por quatro e fica atrás somente de São Paulo, onde hoje há seis cursos. Outros sete Estados mantêm apenas um curso de medicina cada.

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