Entidade pede socorro para alimentar animais

A Sociedade Protetora dos Animais está passando por uma série de dificuldades, principalmente quanto à alimentação dos 850 cães que estão abrigados na entidade. Os bichos consomem cerca de 200 quilos de ração por dia. A sociedade consegue garantir apenas 500 quilos por mês. Por isso está pedindo doações para alimentar os animais. Além dos cachorros, trezentos gatos também são assistidos pela entidade.

A voluntária e integrante do Conselho Fiscal da sociedade, Elizabeth Bório, explica que a situação sempre é muito difícil, mas se agrava na época das férias. “Os donos vão viajar e abandonam os animais”, denuncia. “Eles deixam na porta da sociedade.”

Para que os cachorros não deixem de comer, sobras de comida são servidas três vezes por semana. Essa alternativa para a alimentação vem de doações ou dos próprios voluntários, que levam para a entidade sobras, principalmente as carcaças. Nos outros dias da semana, a ração é a alimentação principal. “A quantidade de comida também é pouca”, afirma Elizabeth. “Alguns cães não comem nesses dias: a gente precisa servir ração no fim da tarde. Mas o certo é comer ração todo dia.”

Outro problema da sociedade é espaço. Há cerca de 15 anos que a organização não- governamental está na mesma sede e a quantidade de animais só aumenta. Elizabeth conta que a entidade possuía dinheiro para comprar uma chácara, mas o terreno encontrado era muito longe, o que dificultaria o transporte dos animais. A sociedade continua procurando um outro local, mais perto e dentro das possibilidades financeiras.

Segundo Elizabeth, a sociedade é a única em Curitiba que presta esse tipo de serviço e todo o trabalho é feito por voluntários. “Bem ou mal, estamos ajudando. Se fecharmos as portas, para onde vão os animais?”, questiona. A entidade não recolhe animais das ruas, apenas aqueles que são deixados na porta da sede. Muitos deles chegam com problemas graves, mutilados ou atropelados.

Depois de curados, os animais ficam disponíveis para doação. O futuro dono é avaliado e a adaptação do cão ou gato é acompanhada pela sociedade durante um ou dois meses. Elizabeth conta que muitos voltam após este período porque o dono não se interessa mais pelo animal. Trinta cachorros são doados, em média, por mês. “Mas uns cinco voltam”, relata Elizabeth.

Quem quiser ajudar pode obter informações pelo telefone (41) 256-8211 ou 9193-3522.

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