Entidade defende menos internamentos pelo SUS

A falta de leitos hospitalares pelo Sistema Único de Saúde (SUS) é uma realidade em todo País, porém o problema poderia ser amenizado caso as administrações dos hospitais criassem soluções para reduzir custos e evitar internações de pacientes sem prejudicar-lhes o tratamento. O assunto está sendo discutido durante a 1.ª Jornada Paranaense de Auditoria em Saúde, que acontece no auditório da Fesp (Faculdade de Estudos Sociais do Paraná), em Curitiba.

Atualmente, no País, de acordo com a Sociedade Paranaense de Enfermeiros Auditores (Spea), 33% dos internamentos realizados são desnecessários. Isso gera um gasto de R$ 1 bilhão ao ano para o SUS. “É necessário um programa de capacitação dos agentes de saúde e das equipes de enfermagem para que eles possam fazer uma triagem que identifique os pacientes que realmente precisam de internação e os que podem ir para casa sem que seu estado de saúde seja comprometido”, diz a presidente da Spea, Josiane Justus.

Muitas vezes, segundo Josiane, poderiam ir para casa, por exemplo, pacientes que aguardam resultados de exames, que esperam vaga não disponível em alas específicas e que migram de uma cidade para outra em busca de tratamento. Nestes casos, os familiares deve receber informações específicas sobre os cuidados com a alimentação e a higiene da pessoa doente e aplicação de medicamentos. O monitoramento feito à distância pelo médico também deve ser constante. Assim, os familiares devem estar sempre em contato com o hospital.

“A ausência no hospital de pacientes que podem receber tratamento em casa possibilita uma maior disponibilidade de leitos”, comenta Josiane. Esse procedimento já é comum em hospitais particulares e conveniados, mas infelizmente ainda não ocorre no SUS. É comprovado que o paciente, estando em ambiente familiar, se recupera muito mais rápido.”

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