Ensino regular atenderá especiais

O ministro da Educação, Cristovam Buarque, deixou claro que sua intenção é colocar as crianças especiais em escolas de ensino regular. Buarque se manifestou, durante a semana, a favor da integração durante o lançamento do programa “Educação Inclusiva: Direito à Diversidade”, em Brasília. Segundo ele, “nenhuma criança pode ser excluída em função da cor da pele, raça, gênero ou por ser portadora de qualquer tipo de necessidade especial”.

A preocupação do Ministério da Educação com a inclusão social das pessoas com deficiências físicas e mentais vem sendo muito bem aceita e valorizada pela maioria dos profissionais que trabalham com educação especial.

Segundo a pedagoga da Escola de Educação Especial Ecumênica de Curitiba, Dinéia Urbanek, a inclusão educacional traz uma série de benefícios, tanto aos alunos com deficiência quanto aos que já freqüentam escolas regulares. Os primeiros, ampliam suas relações sociais, têm a auto-estima melhorada, um melhor relacionamento com os familiares e, muitas vezes, surpreendem a todos, progredindo em suas capacidades de alfabetização. Já os segundos, quando adultos, passam a aceitar a pessoa deficiente com normalidade, dando-lhes mais espaço no mercado de trabalho e na sociedade.

Porém, para que o processo de inclusão seja eficiente, permitindo que os professores tenham condições de trabalhar com os alunos especiais e que estes lhes dêem as respostas esperadas, alguns cuidados devem ser tomados. “É necessário um trabalho amplo, com a turma na qual o aluno especial vai ser inserido, com os professores e também com os familiares da turma”, afirma.

Secretaria

A chefe do departamento de educação especial da Secretaria de Estado da Educação, Angelina Carmela Matieski, conta que, atualmente, o Estado presta atendimento a cerca de 58 mil pessoas com deficiências. Entre essas, 19 mil freqüentam escola regular. “O Estado já está promovendo a inclusão educacional, mas de forma gradativa e responsável. Inclusão não se faz por meio de decreto, é um processo”, declara.

Angelina é contra a radicalização do processo de inclusão. De acordo com ela, a maioria dos alunos que hoje se encontram em escolas especiais podem ser inseridos no ensino regular.

A integrante da secretaria diz que o atual secretário da Educação, Maurício Requião, determinou a Fundepar, que nenhuma escola seja construída ou reformada no Estado sem que se ajustem às normas técnicas de acessibilidade, o que implica em adaptações físicas voltadas às pessoas com deficiências.

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