Foram concluídas as obras de restauro do engenho de erva-mate da Rondinha, localizado no Parque do Mate, em Campo Largo, na Região Metropolitana de Curitiba. O engenho, datado do século XIX, é o único de soque hidráulico (que soca a erva-mate e tem como força motriz uma roda d?água) existente no Brasil.
Feito de pau-a-pique, alvenaria de pedra e madeira, o local passou por obras de estabilização estrutural, reforma do telhado, das paredes e da roda d?água. No total, foram gastos R$ 130 mil, recurso proveniente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. O engenho é tombado como patrimônio nacional.
"A conservação do engenho é de grande importância para o Brasil. Ele representa o ciclo da erva-mate, que foi uma atividade econômica bastante importante para o Paraná e ainda hoje é fonte de renda de diversas famílias que vivem principalmente em pequenas propriedades", declara o superintendente regional do Instituto, José La Pastina Filho.
Até o final de abril, o Parque do Mate, que é de propriedade do Estado, deve receber outras melhorias para poder receber a visita de estudiosos e turistas. Está previsto um novo projeto de paisagismo, criação de um viveiro de erva-mate, trilha ecológica, mirantes, lanchonete, loja e espaço para eventos.
História
O engenho da Rondinha foi construído pelo capitão Carlos José de Souza Franco, entre os anos de 1850 e 1876. Em 1894, foi adquirido pelo imigrante italiano Pedro Paulo Marchiorato, passando de engenho a moinho de cereais. Foi tombado pelo Patrimônio Histórico do Paraná no ano de 1986 e, em 1985, pelo Patrimônio Nacional. Passou por uma primeira restauração em 1979, quando foram realizadas obras de prospecção arqueológica e estudadas diversas fontes iconográficas para a recomposição da planta industrial original.