Duas escolas, a Padre Natal Pigatto (municipal) e a Professora Edite (estadual), que funcionam em um mesmo prédio na Rua Mato Grosso, em Campo Largo, na Região Metropolitana de Curitiba, são vítimas constantes de alagamentos devido às cheias do Rio Ferraria, que passa atrás das instituições. Em dias de chuva forte, professores e funcionários, assim como alguns pais e alunos, já se preparam para, no dia seguinte, realizar um mutirão de limpeza.
Esta semana, as instituições já alagaram duas vezes: na madrugada de domingo para segunda-feira e na madrugada de ontem. Em ambas, as aulas dos alunos do pré-escolar ao ensino médio tiveram que ser suspensas. Ontem, apenas os alunos de quinta a oitava série do ensino fundamental puderam ter aulas normalmente, sendo que suas salas foram as únicas que não alagaram.
“É um grande transtorno quando isso acontece, pois os estudantes acabam sendo muito prejudicados”, contou a auxiliar administrativa da escola municipal, Rosilda Seguro Netzel. “Professores e funcionários precisam deixar suas atividades normais de lado para trabalhar na limpeza do prédio.”
O resultado da enchente de ontem foram salas de aula, cozinha, banheiros e pátio com os pisos cobertos de lama. Carteiras, fogão, geladeira e outros eletrodomésticos também foram atingidos pela água, mas puderam ser salvos graças à boa vontade dos funcionários. Com mangueiras e vassouras, os funcionários cuidavam para que as escolas estivessem em condições de receber os alunos no dia de hoje. “Estamos utilizando baldes, mangueiras e vassouras para que tudo fique limpo o mais rapidamente possível”, disse Rosilda.
O grande temor dos professores e dos pais dos alunos é de que as crianças e adolescentes possam vir a ser vítimas de leptospirose (doença transmitida pela urina de ratos) devido ao contato com a água das enchentes.
Município e Estado
Para resolver o problema, a Prefeitura de Campo Largo informou que já foram enviados técnicos ao prédio das escolas para fazer uma análise da situação. A idéia é de que sejam realizadas obras que previnam a incidência de enchentes no local.
A Secretaria da Educação do Paraná informou que vai enviar um engenheiro do Decom, acompanhado por outro engenheiro, do município. A partir do laudo, serão tomadas providências. Aparentemente, trata-se de um problema de manilhas, que deverá ser resolvido no prazo mais rápido possível.