Empresários reagem contra a Lei Seca nas eleições

Com a confirmação da Lei Seca no Paraná, empresários ameaçam recorrer à Justiça para tentar garantir a venda de bebidas alcoólicas nas eleições de outubro. O secretário da Segurança Pública, Reinaldo de Almeida César, alega que a proibição nas 24 horas do dia 7 de outubro (e se houver segundo turno, no dia 28) será editada “pela necessidade de se coibir o consumo excessivo de álcool num período tão importante para a sociedade”. Mas o presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrabar), Fábio Aguayo, defende que os bares e casas noturnas funcionem até as 5h e reabram às 19h e restaurantes e churrascarias tenham a venda permitida na hora do almoço.

“Com os dois turnos das eleições mais o feriadão de 12 a 14, quando muitas pessoas saem da cidade, serão três fins de semana comprometidos, o que representa 80% de prejuízo para os bares e casas noturnas”, argumenta. Segundo Aguayo, “muitas empresas dependem do fim de semana para ganhar dinheiro”. Com o veto à comercialização de bebidas nas eleições, ele alega que mais de 120 mil famílias podem ser prejudicadas e alguns estabelecimentos correm o risco de fechar por não ter dinheiro para pagar as contas.

Segundo a Abrabar, outros estados flexibilizaram o horário da proibição da venda de bebidas e alguns até aboliram a Lei Seca. “Vamos tentar o diálogo, mas em último caso, iremos entrar com mandado de segurança no Tribunal Superior Eleitoral (TSE)”, avisa. Porém, a Secretaria da Segurança informou que a Lei Seca não será revista.

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