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Empresário deixa o interior para fazer sucesso em Curitiba

Quando veio de Terra Roxa, no interior do Estado, para Curitiba, Antônio Moreno Arroio optou por começar a vida na capital investindo no ramo de artesanato, com a produção de caixas em MDF (fibra de média densidade). Como tinha apenas R$ 5 mil, ele conta que escolheu este segmento porque era o que exigia menor investimento. Depois de 14 anos, a escolha se tornou um negócio rentável e que abriu portas para novas oportunidades de negócios.

No início do trabalho, a produção mensal das caixas não passava de 500 peças. O modelo das caixas foi patenteado e hoje são cerca de oito mil unidades produzidas por mês, sem contar eventuais encomendas. Os produtos também se diversificaram. Além das caixas, a equipe de seis funcionários produz ainda objetos de decoração para residências e festas ­ todos em MDF cru ­, destinados a Curitiba e região metropolitana, mas que também chegam a outros estados pelos clientes da fábrica.

A divulgação do trabalho é feita no boca a boca e Toninho do Artesanato, como é conhecido, garante que não tem nem cartão de visita. “Eu me sinto muito realizado em fazer um trabalho de qualidade e deixar o cliente satisfeito quando ele compra nossos produtos”, diz ele, que não “não tinha ideia” de que a atividade iniciada no barracão emprestado pelo sogro se tornasse um trabalho reconhecido.

Com o sucesso dos negócios, Arroio procura agora por um novo espaço, já que o barracão em Campo Largo ficou pequeno para comportar o volume de produção solicitado pelos clientes. Pelas contas do empresário, ele trabalha com apenas 20% da capacidade, por causa da falta de espaço. Mas garante que se chegar a 100% consegue vender todos seus produtos. “Mercado tem, só não divulgo porque não tem como atender todo mundo”, afirma. A mudança de endereço deve acontecer logo no início de 2013 e um dos destinos mais prováveis é o município de Contenda (RMC), onde há a possibilidade de realizar um trabalho social com dependentes químicos em tratamento e presidiários. “Quem sabe a gente consegue dar uma profissão para essas pessoas”, diz.

Novo negócio

Da produção das caixas em MDF surgiu também uma nova oportunidade de negócio para Arroio. Depois de amargar um prejuízo que chegou a R$ 23 mil, com a compra de máquinas industriais que em pouco tempo deixaram de funcionar, ele mesmo, com a ajuda de seu filho, decidiu investir na produção dos equipamentos.

Três máquinas foram montadas por pai e filho, que compraram os componentes industriais em um projeto criado exclusivamente para eles. Agora os dois estudam a possibilidade de colocar o produto no mercado a preços mais baixos e com o diferencial da qualidade no funcionamento e no atendimento. “A máquina tem que estar 100% para não acontecer com os outros o que aconteceu comigo”, planeja.

Além disso, ele considera importante diversificar os negócios, já que observa o movimento da economia e sente a pressão dos produtos vindos da China. “Nossos produtos de artesanato são produtos de crise. Quando mais pessoas estão desempregadas, a gente vende mais, porque então elas começam a fazer artesanato. Quando o País está em alta, vendemos menos”, analisa.

Felipe Rosa
Empresa de Antônio começou com apenas R$ 5 mil.
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