Empresa quebra e deixa “piscinão” como herança

Uma caixa de concreto cheia d?água com 25 metros de largura e 50 metros de comprimento. A descrição remete a uma piscina olímpica. Trata-se, porém, de um terreno abandonado na Avenida João Gualberto, em Curitiba, que há três anos vem causando muito transtorno aos vizinhos.

Além do perigo de se tornar abrigo para o mosquito transmissor da dengue, o terreno alagado causa um cheiro desagradável, abriga ratos e está contribuindo para as infiltrações na garagem do prédio que faz fundos com ele. O representante comercial Fernando de Fino, morador do prédio de fundos há 15 anos, contou que o problema começou quando uma construtora comprou um sobrado que existia no local e resolveu fazer um prédio. A construtora fez apenas a fundação do prédio e faliu. “Desde então é só chover um pouco e o lugar já enche. É uma piscina de sujeira”, reclamou Fino, destacando que já foram feitas várias reclamações, tanto aos órgãos competentes, como por meio da imprensa, mas até o momento ninguém resolveu o problema.

Fino lembrou de uma passagem curiosa em tantos anos de reclamações. “Um dia um grupo de pessoas veio até o prédio e pediu para fazer verificação dos apartamentos para prevenir a dengue. Então eu mostrei o prédio e eles foram embora. Imagine, eles estavam preocupados com os vasinhos de plantas e nem deram bola para aquele enorme terreno abandonado”, ironizou Fino, lembrando que os moradores do prédio não podem fazer nada, porque, embora abandonado, o terreno continua sendo propriedade privada.

Multado

A assessoria de comunicação da Prefeitura de Curitiba informou que o proprietário do terreno já foi multado duas vezes por não fazer a drenagem no local. A Secretaria Municipal de Obras Públicas (Smop) pode realizar a drenagem e posteriormente cobrar do proprietário. No momento, o departamento jurídico da Smop está analisando se essa possibilidade é viável.

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