Empreiteiro denuncia desvio de verbas

O dono da Brioschi Engenharia Ltda, localizada em Colombo, Marcelo Leal Brioschi, está acusando a direção da Associação de Pais e Mestres (APM) do Colégio Estadual Protásio de Carvalho, no bairro da Fazendinha, em Curitiba, de desvio de verbas. Segundo Brioschi, do total de R$ 88 mil repassados pelo Instituto de Desenvolvimento Educacional do Paraná (Fundepar), ele teria recebido apenas R$ 61 mil. Os outros R$ 27 mil teriam sido pagos pela APM com cheques sem fundo.

Brioschi já apresentou denúncia junto à delegacia de estelionato e delegacia de Colombo e comunicou o caso ao Tribunal de Contas, Fundepar, Decom. No entanto, reclama, nenhuma providência foi tomada.

Contrato

Marcelo Brioschi conta que o contrato para a execução da obra foi assinado em agosto do ano passado, quando outra diretoria estava frente à APM. O atual presidente, Jocemar Moisés da Silva, acusado por Brioschi pelo desvio de verbas, tomou posse em outubro último.

“Até o fim de março estavam pagando certinho, mas falaram que houve problemas e me enrolaram até o fim de maio”, relata Brioschi, que levantou informações junto ao Banco Itaú ? onde o dinheiro estava depositado ? e descobriu que havia sido retirado. “Tive acesso aos extratos bancários e vi que o dinheiro foi sacado”, conta.

A verba era dividida em R$ 79 mil ? para a construção das salas ? e R$ 9 mil para reparos no sistema de águas pluviais e fluviais. Segundo ele, quase 98% da obra foi concluída. Para Brioschi, apesar de o alvo da acusação ser o presidente da APM, ele não sabe até que ponto o restante da diretoria está envolvida, assim como a direção do Colégio Estadual Protásio de Carvalho, que, segundo ele, soube do caso mas não fez nada.

Outro lado

O Estado tentou contato com o presidente da APM, Jocemar Moisés da Silva, mas não conseguiu localizá-lo. O tesoureiro da APM, Marcelino (não informou o nome completo), explicou que a associação está esperando documentos do banco para verificar se houve mesmo desvio de verbas.

“Se o erro foi mesmo da APM, se o presidente comprou algo a mais, a APM vai se responsabilizar, mas primeiro a gente precisa da posição do banco”, alegou Marcelino. A direção do Colégio Estadual Protásio de Carvalho não quis atender a imprensa e, na Fundepar, a informação foi de que a pessoa que poderia falar a respeito só estará no instituto amanhã.

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