Vinte e quatro anos depois, uma mãe que entregou sua filha com menos de um ano para outra pessoa criar, e a garota, que procurava a mãe biológica desde os 10 anos, conseguiram se reencontrar em Curitiba. O abraço e as lágrimas marcaram um recomeço da vida das duas famílias.

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Em 1987, Tassiane se viu grávida aos 16 anos, em meio a um relacionamento ainda instável. A pequena Patrícia nasceu em Concórdia, Santa Catarina, e o casal passou por muitas dificuldades.

No ano seguinte, Tassiane veio a Curitiba, e o marido dela disse que já tinha conseguido um lugar para o bebê ficar. Patrícia foi entregue com sete meses em um hotel, no Centro de Curitiba, onde a mãe de Tassiane trabalhava como copeira.

“Nós não tínhamos condição de criar ela. Se eu tivesse a cabeça que eu tenho hoje lá nos meus 18 anos, não teria feito isso. O último sorriso dela que eu vi, eu não pude mais ver. Ela era bem gordinha, bem bonitinha, e eu lembrava sempre”, lamenta Tassiane.

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Aos 10 anos, Patrícia descobriu que era adotada e, no começo, teve muita mágoa dos pais biológicos. Com o passar do tempo, ela passou a procurar por eles, sem sucesso.

Em 30 de novembro do ano passado, o pai adotivo dela faleceu, e ela reencontrou o irmão Marcos. Ele era filho de sangue do pai adotivo de Patrícia, e já tinha saído de casa quando ela foi adotada.

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A investigação começou quando descobriram que a certidão de nascimento de Patrícia, onde constava que a mãe dela, com 50 anos, teria feito parto em casa, era um documento falso. A certidão de nascimento verdadeira de Patrícia foi localizada em Concórdia (SC).

Através da certidão, Tassiane, foi identificada e localizada em Garibaldi (RS). Ela viajou de ônibus durante toda a noite de quinta-feira e madrugada de sexta para, na manhã desta sexta-feira (7), encontrar a filha.

Tassiane, que antes estava apreensiva, não se continha de alegria. A cada instante, passava as mãos pelo cabelo da filha. “Eu nem podia imaginar que ela é tão bonita desse jeito!”, dizia.

Logo depois, a outra filha de Tassiane desceu do carro para que Patrícia pudesse conhecer a irmã e o sobrinho. Com um enorme sorriso no rosto, as duas se abraçaram também.

Em poucos minutos, as duas famílias estavam reunidas no sofá da sala da casa de Patrícia, onde puderam contar suas histórias e colocar um ponto final em todas as dúvidas que perseguiram mãe e filha durante todos estes anos.

Veja na galeria de fotos e vídeo o reencontro.