Táxi

Em dez dias de atuação, fiscalização fecha o cerco aos piratas em SJP

A temporada de prejuízos dos taxistas de São José dos Pinhais, por causa do transporte clandestino de passageiros no Aeroporto Internacional Afonso Pena, deu trégua. Isso porque nos últimos 10 dias, a Secretaria Municipal de Transportes e Trânsito e a Guarda Municipal iniciaram ação de fiscalização mais ostensiva, com oito profissionais que se revezam para coibir a ação dos chamados piratas.

Os taxistas que atuam no aeroporto já perceberam a diferença. “Dá para notar que estão coibindo, só esperamos que o trabalho seja mantido após as eleições”, avalia o vice-presidente da Cooperativa Aerotaxi, André Alberto Paris. Esse receio foi tema de reunião ontem entre a secretaria e os taxistas. Para o vice-presidente, ainda é muito cedo para calcular quanto essa fiscalização vai interferir no número de corridas atendidas pelos taxistas. Entretanto, alguns motoristas já constataram que passaram de três para seis corridas nesses primeiros 10 dias.

De acordo com os números da prefeitura de São José dos Pinhais, mais de 20 advertências foram emitidas pela equipe de fiscalização. Quem reincide, é multado em mil UFIRs (Unidade Fiscal de Referência), o equivalente a pouco mais de R$ 1,050 mil. Outra medida prevista é a apreensão do veículo, que será regulamentada nos próximos dias por decreto municipal.

Protesto

A fiscalização no aeroporto não agradou a todos. No entendimento da Associação dos Transportadores em Vans do Paraná (ATVPAR), a ação é arbitrária. “As empresas que atuam no Afonso Pena são credenciadas pela Urbs. É abusivo o modo como estamos sendo tratados. Recebemos cinco reclamações de empresas de vans que tiveram passageiros retirados dos veículos”, aponta o presidente da ATVPAR, Samuel Correa. Diante disso, está agendada para hoje, a partir das 8h, carreata de vans partindo da Urbs em direção ao Afonso Pena para manifestar a insatisfação. A Urbs reconhece que não pode interferir no transporte além dos limites de Curitiba.