Ecoparaná deixa náutica de Paranaguá

A Estação Náutica de Paranaguá, de onde saem os barcos que levam 17 mil pessoas por ano às ilhas paranaenses, e o terminal de embarque de Pontal do Sul, de onde saem os barcos para a Ilha do Mel, podem deixar de ser administrados pelo governo do Estado na próxima semana. Hoje, a gestão é feita pela autarquia Ecoparaná, da Secretaria de Estado do Turismo. O governo estadual, a Prefeitura de Paranaguá e as empresas interessadas estão buscando uma forma de continuar a gestão sem prejudicar o funcionamento. Entretanto, informações extra-oficiais dão conta que já na semana que vem os funcionários da Ecoparaná não poderiam mais atuar porque acaba a validade dos contratos de trabalho.

Segundo o secretário de Estado do Turismo, Celso Caron, a Ecoparaná está deixando os terminais de embarque porque não tem mais sentindo a autarquia exercer essa função. ?A Ecoparaná vai se dedicar apenas a projetos voltados ao desenvolvimento do turismo paranaense, que é sua função original?, explicou. A Ecoparaná, a Prefeitura de Paranaguá e as empresas que operaram no terminal do município se reuniram ontem. Algumas possibilidades de uma nova administração foram discutidas. Entre as opções estaria a administração conjunta das Secretarias de Estado e Municipal de Turismo.

Uma outra alternativa, levantada pela Prefeitura, seria a doação do prédio histórico onde funcionam hoje os postos de informações turísticas e de venda de passagens ao município. Assim, a Prefeitura reformaria o local e faria a gestão sozinha do serviço. Essa possibilidade, no entanto, foi descartada pela Ecoparaná. Uma nova reunião, com a participação do secretário de Estado de Turismo, foi marcada para a próxima segunda-feira.

Contratos de trabalho

Uma fonte, que preferiu não se identificar, explicou que um dos problemas expostos na reunião de ontem seria o fato de o contrato dos funcionários da Ecoparaná terminaram na semana que vem. E, por determinação legal, o governo do Estado não pode manter contratos temporários por mais de dois anos e, neste caso, não poderia renová-los. A superintendente da Ecoparaná, Michelle Poitevin, não quis falar sobre os motivos da troca. ?A gente está num período de troca de administração. Da forma como é hoje, não podemos mais manter. Saímos da reunião com várias opções de administração e quem vai decidir isso é o governador. Já o motivo da troca é um assunto interno da Ecoparaná, que não interessa ao público, não tem motivo para ser divulgado, e por isso me reservo ao direito de não falar?, afirmou a superintendente. ?O importante para o público é que continue funcionando?, acrescentou. Porém, Michelle não quis informar o prazo máximo para a mudança.

Pontal do Paraná

A solução em Pontal do Paraná deve ser resolvida mais facilmente. A área pertence à Superintendência de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental (Suderhsa), autarquia da secretaria de Estado do Meio Ambiente. O secretário de Estado do Meio Ambiente, Rasca Rodrigues, afirmou que este ano vai trabalhar para que o controle de entrada na Ilha do Mel, única rota que sai de Pontal, não seja mais feita em continente. ?A Ecoparaná não nos comunicou ainda que vai devolver a área. Mas se a saída se confirmar, os funcionários do IAP (Instituto Ambiental do Paraná) vão continuar lá porque a estrutura não é grande?, explicou. Para Rasca, a venda de passagens deve passar a ter gestão das próprias empresas que fazem o transporte com os barcos.

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