Dona de casa guarda o útero em pote com formol

A dona de casa Rosalina da Silva Rocha, de 39 anos, nunca precisou tanto da ajuda de terceiros como agora. Moradora de Campo Largo e de origem humilde, ela foi submetida a cirurgia para retirada do útero no último dia 16. O órgão ? repleto de tumores ? passaria por exame anátomo-patológico. O problema é que a dona-de-casa não tem dinheiro para pagar o exame e está tendo que manter o órgão em casa, mergulhado em formol, num pequeno pote plástico. Ela tem apenas uma semana para conseguir o dinheiro ? cerca de R$ 1 mil ? ou a ajuda de algum laboratório, que concorde em fazer o exame gratuitamente.

“O que mais me entristece é que pode ser câncer”, diz, inconsolada. Segundo ela, há casos da doença na família uma irmã sua morreu vítima de câncer no estômago, enquanto outra está com tumor no cérebro. “Isso é o que me dá mais medo, principalmente porque tenho uma filha pequena para cuidar”, conta.

Rosalina conta que começou a ter hemorragias há cerca de um ano. Precisou deixar o serviço de doméstica, tamanha era a dor na região abdominal. Um mês atrás, lembra ela, as dores aumentaram, suas pernas foram perdendo o movimento e a hemorragia se intensificou. Foi quando procurou o posto de saúde, sem sucesso. “Fui a um posto de saúde, mas me jogaram para outro, e assim por diante. Até que fui a um centro de saúde, e disseram para eu voltar no fim de agosto, que eles marcariam a cirurgia para janeiro do ano que vem.”

Ela relata que foi submetida à cirurgia graças à boa vontade de um médico do Hospital Nossa Senhora do Rocio. “Contei o meu problema a ele e falei que morreria se não fizesse nada. Daí ele pediu exames de sangue, ecografia, e logo me operou.” O pesadelo, no entanto, não havia chegado ao fim. Com o útero retirado, Rosalina conta que o órgão precisa ser submetido a exame, para detectar se o tumor é benigno ou maligno e qual o tratamento mais adequado. “O médico disse que se pudesse ajudar, ajudaria, mas é um exame muito caro”, explica. Segundo ela, um laboratório local cobraria R$ 1 mil pela biópsia. Já o Sistema Único da Saúde (SUS) não cobre este tipo de exame, alega Rosalina. Ela e sua filha sobrevivem do salário de R$ 600,00 do marido, que é pintor.

Serviço: Quem quiser ou puder colaborar com Rosalina Rocha ? inclusive laboratórios ? pode entrar em contato com ela pelo telefone (41) 392-6486, em Campo Largo.

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