Docentes da UEL ameaçam suspender o vestibular

No segundo dia de paralisação dos docentes da Universidade Estadual de Londrina (UEL) – Unioeste, UEM e UEPG só pararam na quarta-feira -, os professores da instituição tomaram, ontem, as ruas de Londrina protestando por reajuste salarial e já passaram até a cogitar a suspensão do vestibular. Os docentes reivindicam reposição salarial de 88% sobre o salário base do professor universitário estadual, de R$ 960,00.

Pela manhã, cerca de 50 professores realizaram uma manifestação em frente ao Banco do Brasil do calçadão. Também foi realizada uma assembléia no Hospital Universitário, em que se deliberou por exigir explicações da Secretaria Estadual de Ensino Superior sobre a impossibilidade de conceder o reajuste.

Representantes do Sindicato dos Professores de Londrina (Sindiprol), docentes da UEL e diretores de escolas do ensino médio e cursinhos reuniram-se, à tarde, para discutir a possível suspensão do vestibular 2007 marcado para o final do ano. Segundo o presidente da Associação dos Docentes da UEL (Anuel), professor Evaristo Colman, essa seria uma medida drástica. ?O adiamento do vestibular da UEL seria horrível para todo mundo, mas é uma das armas que temos para conseguir negociar?, disse.

Sobre a declaração da Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, de que não haverá reposição salarial para os professores até o fim do ano em virtude da lei eleitoral e da lei de responsabilidade fiscal, Colman disse não entender por que os professores universitários foram umas das poucas categorias de servidores estaduais a não receber o reajuste.

Amanhã o comitê com representantes de todas as universidades públicas estaduais volta a se reunir para discutir novas ações de protesto, mas a Anuel já prepara outra paralisação para o próximo dia 30. ?A idéia é fazer uma paralisação por mês e, se até o final do ano não houver negociação, não iniciaremos o ano letivo de 2007?, disse.

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