Dívidas podem levar terreno da RFFSA a leilão

A Rede Ferroviária Federal S/A (RFFSA) tem até as 14h de hoje para quitar suas dívidas trabalhistas com ex-funcionários da empresa, evitando assim o leilão de dois lotes da área total da rodoferroviária de Curitiba. Caso isso não aconteça, os terrenos de 90.083 metros quadrados, no valor de R$ 17 milhões, e outro de 50.190 metros quadrados, no valor de R$ 10 milhões, serão vendidos. A RFFSA, no Rio de Janeiro, não quis se manifestar ontem sobre a realização do leilão ou a possibilidade de pagamento das dívidas trabalhistas. Em Curitiba, a RFFSA informou que foi designada a não dar declarações sobre o caso.

No início do ano, outra briga trabalhista envolveu a Rede e ex-funcionários. Em fevereiro, a RFFSA quitou o processo e evitou a venda de um dos lotes da rodoferroviária que estava avaliado em R$ 7,3 milhões. Em outros dois casos, o mesmo imbróglio. Um leilão teve que ser marcado para que a RFFSA quitasse as dívidas trabalhistas. Em maio de 2003, uma área da rodoferroviária chegou a ser leiloada pelo valor de R$ 2 milhões. No entanto, a RFFSA conseguiu uma decisão na Justiça impedindo a conclusão do negócio e quitou a dívida no valor de R$ 25.438,94. Em agosto do mesmo ano, outra pendência. A Rede teve que quitar uma dívida no valor de R$ 12,5 milhões para que o leilão não fosse realizado.

A Procuradoria Geral do Município (PGM) informou que acredita que as dívidas trabalhistas devam ser ressarcidas até o prazo final. Segundo a PGM, mesmo com a realização do leilão, o contrato previsto até março de 2009 entre Prefeitura e RFFSA continuaria valendo. Caso a venda dos terrenos seja concretizada, o comprador terá que cumprir o vínculo com o município. “Independente do que acontecer, o contrato vai permanecer em vigor. Mesmo sendo comprado por um particular”, indicou.

O leiloeiro público oficial no Estado do Paraná, Plínio Ribeiro, afirmou que a realização do leilão está confirmada. Ele informou que o leilão só será suspenso caso o juiz defira uma ação paralisando o negócio. “Por enquanto tudo vai correr normalmente. O leilão vai começar pontualmente às 14h e os terrenos serão leiloados. Enquanto os interessados não se manifestarem, nada muda”, disse. Cinco investidores de São Paulo e Paraná estariam interessados nos terrenos que vão a leilão.

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