Direção muda perfil de escola

Desde janeiro do ano passado, quando mudou a direção do Colégio Estadual Etelvina Cordeiro Ribas, no Pinheirinho, em Curitiba, o perfil da escola também mudou. Fundado em 1994 e com mais de 1,4 mil alunos, no princípio o colégio enfrentava diversos problemas relacionados à violência, já que é circundado por vilas onde a criminalidade é reconhecidamente alta – como Xapinhal, Jardim Maria Angélica e Jardim Natal. Brigas de gangues, pichações e invasões eram comuns. No entanto, depois de um trabalho em parceria com a comunidade e a adoção de posturas diferentes, o colégio conseguiu mudar seu perfil.

De acordo com o diretor Adilson Luiz Tiecher, os problemas que assolavam a escola e alguns outros que ainda ocorrem não são exclusivos de áreas humildes. ?Costumo dizer que nossos alunos são carentes em todos os sentidos. Por isso nosso desafio é grande para tentar oferecer o máximo a eles?, disse.

Depois de sensibilizar a comunidade e conseguir moralizar o colégio, a direção começou a aplicar as ações internas. Foi adotada uma postura de tolerância zero às afrontas a professores e funcionários, consumo de bebidas ou drogas e pichações na escola. ?Depois dessas mudanças, posso dizer que hoje o Etelvina tem uma cara nova. Os pais não têm mais qualquer temor em colocar seus filhos para estudarem aqui?, disse.

Em reportagem publicada no último dia 19, sobre professores que têm medo de lecionar em função da insegurança dentro e fora das escolas, uma das entrevistadas que falou com a reportagem de O Estado disse que, quando lecionou no Etelvina em 2004, sentia medo das afrontas dos estudantes e dos boatos de que um aluno teria sido morto dentro da escola. Tiecher, diretor do colégio, disse que não há registro de qualquer caso de aluno morto dentro das dependências do colégio.

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