O sistema de saúde gasta R$ 8,45 milhões ao ano no tratamento de vítimas de acidente de trânsito em Curitiba. O número contabiliza apenas as despesas com internações hospitalares, ou seja, não inclui os recursos dispensados na reabilitação desses pacientes.

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Ao todo, 1.949 pessoas foram vítimas em acidentes de trânsito na capital paranaense em 2013 – 215 das quais necessitaram de UTI. Os dados foram compilados pelo Programa Vida no Trânsito e divulgados nesta sexta-feira (19) pelo secretário municipal de Saúde, Adriano Massuda, em palestra que integra a programação da Semana Nacional de Trânsito 2014.

“Acidentes e violências são a terceira principal causa de óbitos em Curitiba, atrás apenas dos problemas circulatórios e de neoplasias. Se considerarmos apenas a faixa etária entre 5 e 39 anos, eles se tornam a principal causa”, disse Massuda. O grupo de acidentes e violências responde pelo segundo principal motivo de internações, logo após eventos relacionados à gestação. “Com essas informações, não resta dúvida de que o trânsito é uma questão que extrapola as discussões sobre infraestrutura. É também uma questão de saúde pública”, afirmou o secretário.

Outro aspecto abordado por Massuda é a vulnerabilidade dos idosos no trânsito. Entre eles, a taxa de mortalidade em atropelamentos chega a 18,3 por mil habitantes – um fator de risco 40 vezes superior ao verificado na população infantil, de 0 a 9 anos. Com a mudança na estrutura demográfica e o envelhecimento da população brasileira, a rede pública de saúde precisa estar bem preparada para enfrentar o desafio.

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“Quando nossas unidades de saúde começaram a surgir, nas décadas de 1970 e 1980, elas eram voltadas principalmente para o atendimento materno-infantil. Hoje, a rede municipal de saúde é muito mais complexa, com unidades preparadas para atender as necessidades da população idosa”, disse o secretário de Saúde.

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