Designer abandona projetos para criar minicoelhos

Na localidade de Passo Amarelo, na zona rural de Fazenda Rio Grande, há uma criação de animais curiosa. É lá que minicoelhos das mais variadas espécies são criados para abastecer os petshops de Curitiba e região metropolitana. A ideia partiu da designer Elisângela Peraceta, que largou os projetos gráficos para se dedicar ao coelhário.

“Tudo começou há quatro anos atrás, quando eu comprei um minicoelho e todo mundo que eu conhecia me perguntava onde eu consegui o animal e se eu podia conseguir um filhote quando desse cria. Daí eu pensei: posso trabalhar e ganhar dinheiro com isso”, conta.

O primeiro passo foi conseguir um lugar para abrigar os animais. A ajuda partiu de uma amiga de Elisângela, cuja família tinha uma chácara na Fazenda Rio Grande. “Com o local garantido, construímos o coelhário e partimos para aquisição das matrizes, que são os pais reprodutores”, relata. Atualmente, na estrutura da chácara estão 65 coelhos, entre filhotes, matrizes e animais prontos para serem vendidos. Cada minicoelho custa R$ 75.

A criadora oferece sete raças. A escolha parte do perfil do cliente. “Tem gente que prefere animais mais tranquilos, de companhia mesmo. Mas tem cliente que quer coelhos mais espertos e agitados para brincar. A questão da pelagem também é importante, já que tem raças em que o pelo atinge sete centímetros e, se a pessoa não tiver paciência, é melhor ter um de pelo curto”, ressalta.

Segundo a criadora, os minicoelhos são animais fáceis de criar em casa, já que são dóceis e não exalam odores fortes. “Hoje temos produtos que eliminam o cheiro das fezes e urina nas gaiolas e com rações nutritivas que garantem a saúde do animal. Além disso, é um bicho barato para manter, já que o custo médio mensal não passa dos R$ 30”, conta.

Não é brinquedo, não!

Elisângela tem um cuidado especial durante o processo de venda. “Muita gente acha que está comprando um brinquedo e não é bem assim. Trata-se de um animal que necessita de cuidados, carinho e atenção. Então, sempre converso bem com o cliente pra sentir se ele não está querendo apenas um mimo”, comenta.

Segundo a criadora, na época de Páscoa essas situações são bastante comuns. “Chega a ser tenso, porque as pessoas vêm no impulso de agradar os filhos, mas esquecem que estão comprando um animal de estimação. Na conversa antes da compra eu alerto muito sobre essa questão e faço questão que o cliente saiba o que está adquirindo. Tanto que aviso pro cliente se ele desistir, que me devolva o animal e não abandone”, afirma.

Para mais informações: www.minicoelho.com.br

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