Desespero. Enxurrada leva três

A enxurrada de ontem trouxe desespero para a população dos bairros Pinheirinho, Sítio Cercado e Umbará, os mais atingidos pelas chuvas, e deixou pelo menos 300 famílias desabrigadas. Na Vila Osternack a situação foi a mais crítica e casas foram arrastadas pelas águas do Ribeirão dos Padilha, que atravessa o bairro. Segundo informações preliminares do Corpo do Bombeiros, três pessoas teriam morrido devido à enchente. Até o final da noite de ontem, os bombeiros ainda resgatavam vítimas.

As mortes seriam de um homem que caiu de uma passarela na Vila Osternack e foi levado pela correnteza, outra, de uma pessoa soterrada em um desabamento na mesma vila. A terceira morte, seria de uma criança, também arrastada pela enchente, na Vila Futurama, CIC. As confirmações dessas mortes deverão ocorrer após o nível da água baixar.

As histórias de desespero, de quem ficou na margem do grande rio formado na Vila Osternack eram muitas. Filomena de Jesus Pereira, 55 anos, conseguiu escapar para a casa da vizinha, enquanto a sua era derrubada pela correnteza. Como ela, outras pessoas viram afundar seus bens. Marisa de Freitas, 26, com o parto previsto para os próximos dias, saiu nadando, amparada pelo marido e o cunhado. Outra mulher, grávida, foi resgatada por um dos botes dos bombeiros, que buscaram apoio em todas suas unidades.

Desabrigados

Mais de 5 mil pessoas estão desabrigadas por enchentes na zona fronteiriça do Rio Grande do Sul. Em Alegrete, o Rio Ibirapuitã saiu de seu leito pela sexta vez neste ano e forçou 4 mil pessoas a deixarem suas casas para morar provisoriamente com parentes ou em abrigos providenciados pela prefeitura, que pode decretar estado de calamidade pública.

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