A desilusão por não conseguir um emprego está levando um grande número de pessoas a abandonar as carteiras de trabalho expedidas pela Delegacia Regional do Trabalho (DRT) do Paraná. Essa é a conclusão do responsável pela emissão de carteiras do órgão, Reginaldo Cordeiro. “A pessoa vem à delegacia, pede urgência na emissão da carteira e entra na fila do emprego. Mas, como não consegue uma colocação, acaba não voltando para buscar o documento”, explica Cordeiro. Atualmente já são mais de 18 mil documentos acumulados no órgão.
O principal problema para quem pede e não busca a carteira de trabalho, porém, é que não poderá requisitar o documento em outra cidade ou estado. “O fato é que uma vez que a carteira de trabalho é emitida, ela é válida em todo o território nacional. Sendo assim, não é possível tirar outra” informou Reginaldo.
Atualmente são cerca de 18.000 carteiras de trabalho não retiradas e/ou perdidas que estão na DRT do Paraná. Elas foram enviadas pelo Correios. As que voltaram, estão em arquivos informatizados em um depósito em Pinhais.
Quem perde a carteira e não consegue reavê-la precisa voltar às empresas onde trabalhou para refazer os registros. O problema é que há casos em que a empresa não existe mais. Daí a necessidade de primeiro se tentar encontrar a antiga nos Correios ou na DRT.
A maior parte das CTs guardadas na Delegacia do Trabalho por não ter sido buscada pelos titulares é de documentos antigos. Mas, do modelo novo, no estilo passaporte, que é emitido desde janeiro de 1997, já são cerca de 1.050 carteiras não resgatadas que estão na DRT, na José Loureiro, 574, no centro da capital. As carteiras estão à disposição por prazo indeterminado.