Demissões na Rua 24 Horas de Curitiba

Antes mesmo das melhorias, a reforma da Rua 24 Horas, tradicional ponto turístico de Curitiba, traz transtorno e insegurança para lojistas e funcionários. Ao mesmo tempo em que comemoram as obras, eles estão tristes por terem que demitir empregados. A revitalização do local está prevista para iniciar no dia 31 de agosto.

?A gente lutou pela reforma, mas agora que chegou, está sendo de tirar o sono?, comenta Rosa Andrade, proprietária de uma lanchonete. No local há quatro anos, ela diz que a Urbanização de Curitiba S.A (Urbs), que administra o espaço, anunciou que as lojas do ramo de alimentação não ficarão na 24 Horas após a reforma. ?Eu tinha três balconistas e um garçom. Agora só me restou um funcionário. Não estávamos preparados para isso?, diz.

Giovane Gabriel está tendo o mesmo problema. Há dez anos na 24 Horas, ele tinha quatro funcionários e hoje tem um. ?Conseguimos a reforma, mas conseguimos também sair da rua. Não era o que esperávamos. A gente acreditava que ficaria no local depois da reforma?, completa.

Ruim para os patrões, pior ainda para os funcionários. ?Se a gente arrumar outro trabalho, tudo bem. Complica se não arrumarmos?, diz Adir Martins, garçom de um dos estabelecimentos de alimentação.

A lojista Regina Palazin tem um ponto de venda de artesanato. Apesar de estar garantido que permanecerá no local após a reforma, ela diz que também está tendo transtornos. ?Você tem loja, onde há produtos, estoque e funcionários. Durante o tempo que vai ficar fechado – eles disseram que pode levar de oito meses a um ano – não tem como não demitir. E o que faremos com o estoque neste tempo??, questiona.

A Prefeitura divulgou ontem que ?o projeto prevê alterações na distribuição dos espaços comerciais?. Porém, a Urbs informou que até 31 de agosto todos estarão relocados para outros espaços da Prefeitura. Segundo a Urbs, não procede a reclamação de que os lojistas não sabiam desse processo, pois o órgão tem mantido contatos e reuniões com os comerciantes desde dezembro de 2006.

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