Definição sobre greve fica para segunda

Continua o impasse sobre a greve dos coletores de lixo em São José dos Pinhais. Numa reunião realizada ontem, os trabalhadores conseguiram avançar nas questões relativas a melhorias nas condições de trabalho, mas o reajuste nos salários e vale-alimentação não foi discutido. A questão ficou para a próxima segunda-feira. Os trabalhadores pedem aumento de 10%, mas a empresa oferece 8,75%. Se não houver consenso, o serviço de coleta de lixo, varrição de rua e roçada será suspenso na terça-feira.

Participaram do encontro representantes da Ecosystem Latin América, empresa responsável pela coleta de lixo na cidade, do Sindicato dos Empregados em Empresas de Asseio e Conservação (Siemaco) e o secretário municipal de Meio Ambiente, José Tadeu Mota. Segundo o presidente do Siemaco, Manassés Oliveira, os coletores eram transportados amontoados dentro de Kombis. A capacidade dos veículos era de nove passageiros, mas viajavam até 15. Além disso, em cada caminhão de coleta é obrigatória a presença de três coletores, mas em algumas ocasiões o trabalho era feito por apenas dois. A situação dos uniformes, botas e luvas também era precária. "A empresa se comprometeu em atender as reivindicações. Segundo o secretário de Meio Ambiente, elas eram asseguradas no contrato feito pela Prefeitura", diz Oliveira.

Os trabalhadores ganham hoje R$ 363 e almejam R$ 400. Além disso, também querem deixar acordado que quando o salário mínimo regional for aprovado, o vencimento dos trabalhadores acompanhe o novo piso. O mínimo proposto pelo governo do Estado varia de R$ 427 a R$ 437. A categoria também não aceita o aumento de R$ 5 no vale-alimentação, que é de R$ 180. O secretário José Tadeu acredita que na próxima reunião, às 9h de segunda-feira, na Prefeitura, as partes cheguem a um acordo. Mesmo assim, frisou, "ficou claro na reunião que não haverá uma paralisação completa". (EW)

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