Defensores dos animais protestam nos circos

A Declaração Universal dos Direitos dos Animais prega que “nenhum animal deve ser usado para divertimento do homem”. Com a finalidade de defender esse preceito, integrantes das organizações não governamentais Grupo Kia e SOS Bicho de Proteção Animal fizeram uma manifestação ontem em Curitiba.

Durante toda a tarde, eles estiveram em frente aos circos Le Cirque e Estatal de Cuba – que há algumas semanas se encontram no bairro Tarumã – entregando panfletos informativos à população.

“Nossa intenção é conscientizar as pessoas e conseguir que a Prefeitura de Curitiba não permita a entrada na cidade de circos que utilizam animais em seus espetáculos”, comentou a presidente da SOS Bicho, Rosana Vicente Gnipper.

Segundo ela, a exibição dos animais representa uma agressão aos mesmos. Eles são desrespeitados ao serem retirados de seu habitat natural e maltratados tanto no processo de domesticação quanto durante as apresentações. “Sabemos que muitas vezes os animais são deixados sem comer, recebem punições e há uso de chicotes, principalmente em leões e tigres”, disse.

Circos

Os responsáveis pelos circos Estatal de Cuba e Le Cirque negam que os animais sejam maltratados em seus estabelecimentos. No Estatal, são utilizadas duas macacas e dois cavalos. “As macaquinhas são como se fossem filhas do domador. Ele nunca iria agredi-las”, afirmou o gerente do circo, Anderson Dantas.

No Le Cirque, são utilizados elefante, girafa, camelo e zebra, entre outros animais. “Temos autorização do Ibama (Instituto do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis) para manter os animais e seguimos a normas européias e americanas. Nossos animais não trabalham, são apenas exibidos ao público”, declarou o treinador de animais, George Stevanovich.

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