Curitibanos desconhecem linfoma

Cerca de 79% dos curitibanos não sabem o que é linfoma. A conclusão é de uma pesquisa realizada em agosto, pelo Instituto Datafolha. Para piorar, todos os entrevistados que afirmam ter ouvido falar na doença desconhecem os sintomas.

A pesquisa comprovou que, em todo o País, 66% dos brasileiros desconhecem a doença. O resultado do levantamento é motivo de preocupação para médicos e especialistas no assunto.

Para Jaques Tabacof, oncoematologista do Hospital Albert Einstein, em São Paulo, esse desconhecimento faz com que haja demora em diagnosticar esse tipo de câncer, o que compromete o tratamento.

Segundo Tabacof, quando o linfoma é detectado no primeiro estágio, 90% dos casos em tratamento eliminam o problema. Já no quarto estágio da doença, esse número cai apara 60%. O médico explica que o tratamento pode ser mais demorado e menos eficaz se o problema for identificado tardiamente.

“O tratamento é basicamente feito com quimioterapia e anticorpos monoclonais”, diz. A pesquisa DataFolha ainda mostra que 25% dos curitibanos entrevistados querem ter mais informações sobre o que são os linfomas. Outros 26% gostariam de saber informações mais detalhadas sobre a doença. Já para 17%, querem saber das causas do linfoma.

Para Tabacof, esses dados mostram que um trabalho de comunicação é pertinente para a conscientização da população. Tabacof alerta para sintomas que podem ser facilmente identificados.

“Se a pessoa notar um aumento dos gânglios no pescoço, por exemplo, sem nenhum infecção aparente, isso pode significar um sintoma de linfoma. Neste caso, a pessoa deve procurar o médico”, explica.

O diagnóstico só pode ser comprovado com resultado de biópsia. Os linfomas são o quinto tipo de câncer mais freqüente no mundo, atingindo os linfonodos (gânglios) do sistema linfático responsável pela defesa natural do organismo contra infecções.