Vacinação

Curitiba não atinge meta de vacinação contra Rubéola

O último dia oficial da campanha nacional de vacinação contra a rubéola em Curitiba foi marcado pelo baixo movimento nos pontos de vacinação. O mau tempo e a resistência (já muitos se esquivaram da imunização) afastaram o público-alvo – homens e mulheres entre 20 e 39 anos. Até o início da manhã, 559.254 pessoas tinham sido vacinadas na capital, o que representa 86%. Em todo o Paraná o índice de imunização era de 76%.

Além dos postos de saúde, a vacina contra a rubéola estava disponível em supermercados e shoppings, pois a meta da Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba era atingir 95% da população. Mas a procura estava abaixo do esperado. A enfermeira da Central de Vacinas Regina Sato confirmou que as mulheres estavam entre a maioria das que procuraram a vacina. Foi o caso da administradora Izabelle Bonatto, que deixou para ir ao posto no último dia da campanha. “Eu trabalho durante a semana e não tive tempo. Mas acho importante prevenir a doença”, falou.

Entre a população masculina, afirma Regina Sato, a resistência pela vacina é por ela ser injetável. “Mas nós iremos investir um pouco mais nessa população”, disse, confirmando que uma equipe estaria novamente de plantão ontem na Arena da Baixada, durante o jogo entre Atlético e Portuguesa. Ao longo da semana, mesmo o Paraná não estando incluído entre os estados onde a vacinação foi prorrogada pelo Ministério da Saúde, a vacina ainda estará disponível nas unidades de saúde.

Nacional

Em todo o Brasil, até sexta-feira, 53,4 milhões de pessoas foram imunizadas contra a rubéola, o que representa 76,25% de cobertura. Embora considere o resultado satisfatório, o Ministério prorrogou a campanha até dia 19 de setembro em todos os estados da região Norte (Amapá, Amazonas, Acre, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins), além de Goiás, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e São Paulo, onde as taxas ficaram entre 64% e 77%. Nos demais estados, a recomendação do Ministério da Saúde é fazer busca ativa de não vacinados.

Os homens são o principal alvo da campanha, pois eles foram os responsáveis por mais de seis mil dos 8.684 casos de rubéola confirmados no País em 2007. A meta é eliminar a circulação do vírus do meio ambiente, e com isso evitar a Síndrome da Rubéola Congênita (SRC), que em mulheres grávidas, provoca malformação congênita e pode levar à cegueira, surdez, retardo mental ou problemas cardíacos dos bebês.