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Curitiba já teria 800 ocupações irregulares

Na Grande Curitiba já existem cerca de 800 áreas de ocupação irregular. Os dados são do programa Despejo Coletivo Zero, que em parceria com a Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS), Assembléia Popular e Pastorais Sociais organiza, no dia da Independência, o Grito dos Excluídos.

O evento é um espaço aos que não têm voz e vez para expressar os problemas de onde moram. Este ano o Grito acontece em Curitiba e em São José dos Pinhais, na região metropolitana da capital.

A manifestação já acontece há 13 anos consecutivos em Curitiba. “Tanto na capital quanto em São José dos Pinhais, proporcionamos um espaço para que eles digam o que os prejudica. Muitas vezes, essas pessoas mais carentes não se manifestam sozinhas, e esse tipo de encontro os ajuda muito nisso. O grito por si é uma grande denúncia”, diz o bispo da Diocese de São José dos Pinhais, dom Ladislau Biernaski.

O 14.º Grito dos Excluídos tem como lema este ano “Vida em primeiro lugar, com direitos e participação popular”. Partindo deste tema, a manifestação propõe ainda a defesa da economia solidária, a distribuição de renda, a pesquisa sobre fontes energéticas alternativas, a implantação de políticas públicas básicas tais como: saúde, educação, emprego, transporte, moradia dignas e os direitos dos trabalhadores.

Todos podem participar da manifestação que, em Curitiba, começa as 10h, na Paróquia Santa Amélia, Avenida Alcir Martins Bastos, no bairro Fazendinha. Já em São José dos Pinhais, o evento será a partir das 9h, no Jardim Itaqui, no bairro Guatupê.

“Todos somos cidadãos e temos, além do direito, o dever de participar de manifestações. Assim, permitimos que os excluídos se manifestem juntamente com os que apóiam a manifestação, trazendo ainda mais pessoas em prol destes que são prejudicados. Não estamos contentes com o Brasil atual, precisamos buscar nossos direitos”, diz a integrante da Pastoral do Migrante, Elizete Santana de Oliveira.

De acordo com a organização, os locais escolhidos para a manifestação, tanto na capital, quanto em São José dos Pinhais, são símbolos de resistência e que precisam urgentemente de alternativas populares para melhorias nas condições de vida dos que moram nessas regiões. No ano passado, cerca de 800 pessoas participaram do 13.º Grito dos Excluídos, realizado em Curitiba.