Ao andar por Curitiba não é difícil encontrar grupos e mais grupos de cachorros perambulando pelas ruas da cidade. De acordo com a Secretaria Municipal do Meio Ambiente, a população canina na capital pode chegar a 450 mil cães – uma média de cachorro para cada quatro habitantes. Porém, ao contrário do que muitos pensam, apenas 3% dos caninos na cidade não têm donos. Pelo menos é o que diz a Vivien Midori, chefe da divisão de monitoramento e proteção animal da prefeitura. “Realizamos um estudo e chegamos à conclusão que a grande maioria dos cães de Curitiba tem sim um dono ou um responsável. Portanto, o que vemos nas ruas são animais que têm proprietários que permitem o acesso às ruas”, afirma.

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Com base nesses números, a prefeitura resolveu mudar o modo de funcionamento da carrocinha e apostar mais em campanhas educativas e ações de castração e chipagem de animais para se ter controle. “Vimos que o caminho mais eficaz era educar os proprietários de animais domésticos e ter um controle da população de animais na cidade”, diz Vivien.

Apesar de muitos acharem que a tradicional carrocinha não existe mais em Curitiba, a cidade ainda conta com um serviço de captura de animais. Porém, atualmente o procedimento funciona de maneira diferente, sem mais apreender cães sem identificação. “Hoje apenas capturamos animais que possam oferecer risco às pessoas”, conta Vivien.

Procedimento

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Para chamar a carrocinha, o cidadão deve ligar para as centrais 156, da Prefeitura, e 153, da Guarda Municipal. Ao explicar a situação para os atendentes, será enviada uma viatura com uma equipe da Guarda Municipal que avaliará o caso. Se o animal realmente oferecer perigo, a carrocinha será acionada, recolherá o animal e enviará ao Centro de Zoonoses. Lá, o cachorro será examinado, tratado e enviado para adoção. Se o tratamento não for possível, o animal é sacrificado.