Crise da Santa Casa provoca bate-boca

Paranaguá  – A provedora da Santa Casa de Misericórdia de Paranaguá, Norma Brezinski, diante do caos em que está o hospital, resolveu na manhã de ontem, no auditório da Prefeitura, promover uma audiência pública. Durante o encontro, houve bate-boca entre o prefeito Mário Roque e médicos da Santa Casa.

Participaram do encontro os promotores Marcos Antônio Teixeira e Valéria Célia Borges Rolim Pereira, o prefeito, os integrantes do Conselho Municipal de Saúde, o secretário da Saúde do município, Paulo França, o bispo dom Alfredo Novak, outras autoridades e representantes da comunidade. Segundo a provedora, a Santa Casa está mergulhada em dívidas, oferecendo péssimo atendimento aos pacientes.

A BCM Consultores Autorizados apresentou relatório da auditoria feita na Santa Casa, que deixou todos os presentes estarrecidos com os dados levantados, principalmente nos aspectos da estrutura e do atendimento. O prefeito Mário Roque, num discurso inflamado, acusou os médicos de serem os maiores responsáveis pela atual situação da Santa Casa, chegando a discutir com dois médicos, que estavam na platéia. Roque fez uma comparação com as ótimas condições do Hospital Paranaguá, dizendo que muitas vezes os médicos tiram pacientes da Santa Casa e mandam para a UTI do Hospital Paranaguá, alegando melhores condições, especialmente quando podem pagar. Alegando ter uma reunião em Curitiba, o prefeito deixou o local às pressas, provocando críticas entre os médicos.

A provedora e o promotor Marcos Antônio Teixeira amenizaram a situação, tentando achar uma solução para o impasse. Rogério Zago, integrante do Conselho Municipal de Saúde, exigiu que se saísse da reunião com um documento definitivo. Ele disse que a Santa Casa não poderia mais continuar naquela situação.

Por volta das 14h, a provedora encerrou o encontro. Ameaçada de fechar as portas, a Santa Casa de Misericórdia de Paranaguá é o hospital mais antigo do Estado.

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