Crianças e adolescentes debatem 13 anos do ECA

Aos 15 anos M.A.O teve que sair de casa devido desentendimentos familiares. Na rua, durante um ano e meio morou embaixo de uma ponte, passou frio, fome e usou drogas. Não tinha nenhuma perspectiva para o futuro, sabia que a qualquer momento alguém poderia tirar sua vida. Esse é o retrato de milhares de crianças e jovens brasileiros que o Estatuto da Criança e Adolescente (ECA) quer mudar. Graças ao estatuto, em Curitiba, M.A.O encontrou apoio e hoje tem abrigo, estuda e sonha com o futuro. Ontem, a capital discutiu os 13 anos de vigência do ECA.

Ontem os meninos e meninas representando projetos sociais desenvolvidos em Curitiba discutiram o assunto com profissionais que trabalham na defesa dos direitos infanto-juvenis, a implementação do Eca e os avanços alcançados.

Com a criação do estatuto em 13 de julho de 1990, crianças e adolescentes passaram a ser vistos como pessoas que devem ser respeitadas por terem condição peculiar de desenvolvimento.

Curitiba tem vários projetos nesta área. Um deles é a Casa do Piá que abriga M.A.O. Lá, junto com M.A.O. vivem mais 29 meninos que possuem histórias parecidas. No local passaram a ter acesso a escola, cursos profissionalizantes e recebem cuidados médicos. Outra característica comum entre os meninos é o envolvimento com as drogas. Mas de acordo com Antônio Carlos Rocha, diretor da unidade destinada aos jovens entre 14 e 17 anos, depois que entram na casa boa parte consegue deixar o vício.

Voltar ao topo