Crescem casos de intoxicação alimentar

No verão as pessoas costumam se descuidar da alimentação e o resultado disso é que dobra o número de atendimentos por intoxicação nos prontos-socorros. De acordo com médico Nemer Hajar, as pessoas precisam tomar uma série de cuidados na hora de preparar e guardar os alimentos. E se a refeição for realizada fora de casa, muita atenção na escolha do restaurante.

Andrei Guerra, 26 anos, estudante de engenharia conta que passou mal depois que consumiu um salgado em uma lanchonete na estrada na volta da praia. Teve ânsia de vômito e diarréia. Só melhorou depois que procurou ajuda médica. Ele conta que o local onde realizou o lanche é bem limpo e ele sempre se alimentou lá. Mas acha que o acúmulo de gente na volta do feriado pode ter provocado um descuido no preparo dos alimentos.

Rosana Furtado de Medeiros passou pela mesma situação, embora ela tenha se alimentado em casa. Para ela o que lhe causou mal no último sábado foi o abuso na hora das refeições. “No final do ano a gente come muita coisa, frutos do mar, carne de porco…”, justifica. Ela teve que ficar um tempo no hospital tomando soro e só ontem estava totalmente recuperada.

Mais comuns

Hajar diz que os sintomas mais comuns de intoxicação alimentar são a ânsia, o vômito e a diarréia. Quando eles parecem o melhor a fazer é procurar um médico que vai indicar o tratamento adequado. Ele diz que é um erro comum as pessoas tomarem medicamento para conter a diarréia.

Os mais vulneráveis à intoxicação alimentar são as crianças e idosos. Se não receberem atendimento adequado, o quadro pode evoluir para uma desidratação, que pode levar a morte.

O que mais causam problemas são a maionese e a água. Hajar explica que a batata é um alimento que propicia o desenvolvimento de uma série de bactérias. Com relação a água, as pessoas com sede acabam ingerindo o líquido sem ter certeza da qualidade da fonte. Mas, além da maioneses outros alimentos preparados podem apresentar problema. Ele diz que é comum as pessoas prepararem a comida para passar o dia todo na praia, ao longo do dia o alimento fermenta e se consumido vai trazer problemas. Ele diz também que a geladeira só retarda a proliferação de bactérias e não as elimina.

Cuidados com os alimentos

Elizangela Wroniski

O nutricionista do Centro de Estudos da Obesidade, Audie Nathaniel Mommm, fala que certos cuidados básicos podem evitar problemas. Sempre, as mãos, unhas limpas e os recipientes devem estar limpos. O alimentos devem ter aparência saudável. Deve-se evitar verduras murchas. Na hora de servir também é necessário obedecer algumas regras. As saladas devem ser preparadas e consumidas em seguida. Outra dica é deixá-las de molho minutos antes do preparo em solução de água e vinagre ou água sanitária. Os outros pratos devem ser servidos quentes para evitar a proliferação de bactérias. Outro problema comum acontece na mistura de comida cru e cozida. “As bactérias do alimento cru se proliferam mais rápido nos cozidos”, diz Audie.

Para guardar, os os alimentos crus devem ficar na parte de baixo da geladeira e os cozidos em cima, sempre em potes com tampa. “Devido a força da gravidade uma bactéria do alimento cru pode cair sobre o alimento cozido, que já está preparado para ser servido”, diz.

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