A taxa de ocupação de crianças paranaenses entre 10 e 15 anos de idade aumentou entre 2008 e 2009. Segundo o IDS 2009, ano passado a taxa de ocupação de crianças entre 10 e 15 anos era de 8,9%, enquanto em 2008 esse índice chegou a 7,2%, segundo Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) de 2008.

continua após a publicidade

Os números podem parecer preocupantes, mas para Mariane Josviak, promotora do Ministério Público do Trabalho (MPT) do Paraná, esse índice de 8,9% pode conter menores aprendizes.

“A partir dos 14 anos, os jovens podem trabalhar nessa categoria de menor aprendiz. A última edição do Pnad já apontava 4,1 milhões de adolescentes nessa ocupação”, afirma. Para ela, trabalhar como jovem aprendiz é uma das maneiras de ingressar no mercado de trabalho. “É importante lembrar que para ser menor aprendiz o jovem deve estar estudando. É uma relação que só agrega benefícios”, opina.

O jovem aprendiz recebe salário mínimo de acordo com sua carga horária de trabalho e tem direito a 2% de Fundo de Garantia por tempo de Serviço (FGTS). Ainda envolvendo crianças, jovens e adolescentes, o estudo do IBGE contem informações sobre a efetivação de políticas públicas para crianças e adolescentes ao longo do ano passado.

continua após a publicidade

A informação mais preocupante desse aspecto da pesquisa envolve as políticas públicas no combate à exploração sexual. Nesse quesito, o Paraná ficou na oitava pior posição, com índice de 38,8%, ficando assim abaixo da média da região Sul (40,1%) e até mesmo da nacional (44,8%).

Além dessa constatação, o IBGE apontou que o Paraná é o oitavo Estado com melhor índice de municípios com políticas públicas destinadas às crianças. Segundo o instituto, 94,2% das cidades paranaenses contam com essas políticas. A média nacional é 88,2% e da região Sul 90%.

continua após a publicidade

Na política destinada à retirada de crianças e adolescentes em situação de rua o Paraná é o segundo Estado com melhor resultado: 55,1%. Perde apenas para o Distrito Federal, que registrou 100%. Nesse caso o índice nacional é de 42,8% e o da região Sul 43,4%.

Outro ponto de destaque do Paraná envolve as políticas de atendimento aos adolescentes em conflito com a lei. Segundo o IBGE, o Paraná é o terceiro melhor estado com índice de 56,4%. O Estado perde apenas para Distrito Federal (100%) e Acre (61,9%).