Corpo de Martinez chega à capital após quatro dias

Depois de quatro dias de espera e muita angústia por parte das famílias das vítimas, finalmente os corpos do presidente nacional do PTB, José Carlos Martinez, dos empresários João Luiz Goebel e André Surugi, e do piloto Cláudio Luiz da Luz, foram retirados da Serra do Mar. No fim da manhã de ontem, a nebulosidade da região diminuiu, possibilitando a retirada dos corpos do local entre os morros Rolado e Agudinho, distantes dez quilômetros de Guaratuba, com um helicóptero.

Segundo a assessoria de imprensa da Aeronáutica, a operação começou pouco antes do meio-dia e durou quarenta minutos, desde a decolagem do helicóptero até a entrega dos corpos à autoridade competente em Guaratuba. Logo após , uma viatura do Instituto Médico Legal (IML) trouxe os quatro corpos para a sede do IML em Curitiba.

Por volta de 14h15 teve início a operação de reconhecimento dos corpos. Devido à demora para o resgate das vítimas e pelo próprio acidente -parte do avião monomotor ficou enterrada no morro -, os corpos do deputado, do piloto e dos empresários estavam já num estado significativo de deterioração. Além da presença dos familiares e médicos, foram necessários exames da arcada dentária e de DNA para identificação dos corpos. Por volta de 16h eles foram levados pela funerária, que fez a preparação e os levou para o velório na Assembléia Legislativa, por volta de 17h. O velório segue até 10h30 de hoje, quando o corpo de Martinez será conduzido ao Crematório Vaticano, em Campina Grande do Sul. A previsão é que cerimônia que antecede a cremação comece às 11h.

Contestação

O comandante Valcir Maurício, da Central Nacional de Produções, empresa vinculada à rede Central Nacional de Televisão (CNT), de propriedade da família Martinez, contestou a informação do ministro da Defesa, José Viegas, de que não havia plano de vôo. “Claro que havia. Um avião não sai do chão se não tiver um plano. Agora só vamos saber o que causou o acidente depois da perícia”, explicou. Ele lembrou que Cláudio Luiz da Luz tinha o brevê de piloto desde 1997. “Eram mais de 1.300 horas de vôo”, contou.

O corpo do piloto foi levado para Blumenau (SC), sua cidade natal.

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